Ford Mustang GT 2012
Inenarrável é a experiência de se guiar um Mustang. Existem carros melhores, mas eu não ligo para isso!
Imagine aquele som ritimado das pequenas explosões dentro do motor do seu carro Flex. É parecido com uma máquina de costura que ingeriu esteróides. O timbre do motor de um Gol, por exemplo, varia pouco daquele que seus pais ou avós escutavam no final dos anos 70 quando um Passat passava pela rua. Essa também foi a época em que os V8 utilizados em automóveis fabricados no Brasil atingiram o seu ápice, para em poucos anos evaporarem do mercado com o advento do álcool (hoje afrescalhadamente chamado de etanol) e a 2ª crise mundial do petróleo. Lá se vão 4 décadas, e nas “Estradas Brasilis” não se vê nada parecido com os Galaxy, Maverick e “Dodjões” que, na época transformavam os donos de Fiat 147, Fusca e Chevette em gente muito frustada e invejosa. O som de um V8 é algo único, grave, tenso, como se tivessem encontrado um jeito de engarrafar um filhote de furacão. O motor de um Mustang recente (apelidado de Coyote), como o de 2012, tem 5 litros, 416 cv e chega a 7000 rpm. A quem dirije cabe a difícil tarefa de ser adulto e apenas imaginar o que aconteceria se você apertasse mais fundo e por mais tempo o pedal do acelerador que, posicionado antes da metade do curso já é capaz de fazer o carro engolir o asfalto em velociades superiores ao limite de qualquer estrada brasileira.
Infelizmente, a importação oficial do Mustang nunca foi cogitada pela Ford do Brasil. Enquanto isso a GM faz barba, cabelo e bigode com seu eterno arqui-inimigo, o Camaro, seja ele amarelo ou não.