More you might like
25.10.2017
Às vezes na vida é difícil aceitar que as coisas não estão em nossas mãos. Que o destino vai cuidar dos nossos caminhos e que a gente vai só trilhar e aprender.
Recentemente passei por um término, desses mesmo, namorico que acaba, uma pessoa que passou pela sua vida. Resolvi encarar diferente. Todos os términos anteriores tinham sido devastadores. Noites perdidas chorando, tentando ignorar a existência de um outro ser que fez parte de tanta coisa boa na sua vida. A maior complicação do universo.
É mesmo difícil terminar um relacionamento, a gente se prende a algo que não é nosso, e depois pra largar? Como fica?
Quantas vezes enquanto estava sozinha eu não me peguei imaginando como eu ia ser no próximo relacionamento… quantas vezes eu pensei sobre ciúme, posse, ri de tudo e fiquei perplexa com como as pessoas podem passar por isso.
O fato é que quando a gente não está preparado pra uma coisa tão grande assim a gente se deixa levar. Se deixa levar por sentimentos mundanos, que corroem a gente por dentro mas que de alguma maneira inexplicável a gente se sente melhor colocando pra fora.
Mas não devia ser assim né? É o que eu tento me lembrar todos os dias.
Não é um sentimento que a gente não gosta de ter que vai ditar o que a gente é. É preciso vigilância quando ele chega, é preciso que a gente se conheça pra perceber ele chegar, e fazer morada na gente, pra não deixar que isso aconteça. Se policiar todo dia pra que o nosso coração entenda o que a nossa cabeça já sabe. Não tem porquê sentir essa perda tão grande, sendo que a gente nunca pertenceu a ninguém além de nós mesmos.
Quando a vida coloca a gente a prova é aí que a gente tem que ser forte, é aí que a gente tem que se provar também. Ser quem a gente quer ser.
Eu não fui. Não fui quem eu queria ser, não fiz das minhas ideias e palavras as minhas atitudes, e eu sei que isso é o que vai fazer as coisas fluírem, as águas da vida percorrerem seu fluxo destinado.
Cada experiência que a gente passa na vida faz a gente crescer, amadurecer e aprender com ela. Eu tô só começando nesse caminho, e quero aprender tanto ainda. Eu sei que vou, e que no meio dele vou poder ensinar um pouco também, do que tirei daqui e dali, do que vi e vivi. Eu espero que essa experiência tenha sido engrandecedora pra gente que viveu ela, e que a gente possa tirar alguma coisa desse final. Desculpa não ter sido a pessoa que eu queria ser. A vida é assim, mas eu tô trabalhando pra me tornar ela.
Que esse término não seja a experiência de todas as outras vezes e que a gente possa fazer parte da caminhada um do outro, sem machucar, mas só observando e sendo feliz com a felicidade que a gente vê.
Muita paz pra gente, e uma caminhada de muita surpresa e alegria. Porque a vida não é a gente quem faz, é ela quem faz a gente!