As letras e as palavras voltaram a me seguir, a sentar-se comigo para o café, a velar meus sonhos, a me espreitar quando falo sozinha. Andam comigo pela rua novamente agora, como irmãs.
Não me aproveito delas, a não ser quando são dias de fúria. Estou ajudando-as a tomarem um rumo certo. A se agruparem e formarem belos versos e frases e sonetos para alguém ler.
Elas gostam de mim. Eu já gostava delas há muito e fui mil vezes triste quando me senti por elas abandonada. Mas não foi bem assim, o modo estreito e visionário de pensamento que me acomenteu por alguns anos - não proposital, afastou-se das letras, das palavras e até da prima querida, aquela que carrega universos dentra dela, a leitura.
Pois agora, elas voltaram a andar comigo e mesmo que eu esteja sisuda ou com os cabelos para cima num coque torto, posso contar com companhia fiel. E é por elas que hoje escrevo e brindo.