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[Praça de Serdin - Meio-Dia]

Eu até que vi as exigências de paleta de cores para o festival mas acontece que eu não tinha nada que se encaixava adequadamente. Apenas abri o guarda-roupas e procurei o que mais se assemelhava, e era essa. Evitei as peças verdes e tratei de arranjar algumas alaranjadas para usa-las no lugar.

Também confesso que não estava afim de participar de outro evento cultural daquele lugar, tudo remetia a deuses que eu jamais havia ouvido falar… Mas Malygos insistiu tanto e já que o quartel parecia um criadouro de aranhas eu resolvi ir. Para chegar mais rápido usei da ajuda das rochas o que deixou minhas calças um tanto empoeiradas, mas nada que algumas batidas de mão não resolvessem.

Depois de tanto tempo adormecido eu queria voltar a frequentar os eventos humanos, sempre tive esse desejo estranho e claro que eu teria que arrastar o dobrador comigo, eu jamais o perderia de vista.

Encontrei roupas adequadas para a ocasião, convenci o babaca da terra e fomos direto para Serdin. Tomamos um café reforçado e saímos bem cedo para conseguirmos chegar antes do meio dia.

E realmente deu certo, acabamos chegando até um pouco antes do esperado. - Já fazem anos desde minha última passada por aqui. - Observava cada canto, cada detalhe, cada aroma de magia que fluía daquele lugar.

Passeava pela praça com calma. Possivelmente havia perdido a líder por algumas horas, então aproveitava para caminhar tranquilamente pela multidão com a pequena ruiva quase em uma coleira.

Eram muitas pessoas. E era uma criança muito hiperativa.

Assim, sua tranquilidade não era realmente tranquila, mas lá estava ele. Olhando ao redor reconheceu duas figuras e instantaneamente um sorriso abriu-se em seu rosto. Claro que não perderia a chance de sacanear Kanji passeando por aí.

Ajeitou os panos de sua blusa e com passos rápidos aproximou-se. Elesis esforçou-se para correr atrás dele. - Ora ora, o que temos aqui. Um infiél e seu companheiro. - O sorriso não havia deixado seu rosto.

Andava vagarosamente ao lado do loiro, quase que deixando-o ir embora, não estava tão animado quanto ele para aquele festival. Talvez alguma comida ou tradição local me anime…

- Então você já esteve aqui antes daquilo - Comentei. Então avistei a figura conhecida se aproximando e torci o nariz, é claro que ele estaria em um evento desses mas com tantas pessoas por ali ele tinha que vir em minha direção?

Revirei os olhos. - Bom te ver também Sieghart. - Infiél? Tsc… Lá vem ele com esse papo mais uma vez. Chato.

- Sim, eu gostava daqui. - Parei quando o outro se aproximou e voltei o olhar até ele. - Malygos. - Repeti meu nome, talvez a cabeça cansada de um avatar não fosse boa em guardar nomes. 

Notei o desgosto do moreno, apenas abri meio sorriso. - Eu já te expliquei que você realmente está só se enganando com os contos do periquito das areias. - Dei de ombros, já estava cansado de falar as verdades de Hórus para o rapaz. 

O moreno riu. - É sempre bom me ver. - E tão logo junto sua frase na seguinte. - E é bom saber que mais alguém aqui compreende as verdades da vida… Malygos. - Falou com certa jocosidade, repetindo o nome que conhecia, mas que pelo visto ele se ofendia se não chamado da maneira correta.

A menina finalmente alcançou os adultos, respirando fundo antes de começar a escalar Sieghart para poder ver os outros de perto. - Achei que você não podia vir nesse evento. - A menina soltou, olhando para Kanji. - Você sendo um traidor das Deusas e tal.

O imortal soltou um risinho.

O ego do imortal era tão grande que eu me sentia embrulhar a barriga só de ouvir seus auto elogios. - Ah, ótimo, agora vão se juntar para falar sobre as deusas e blá, blá, blá… - Resmunguei. E ainda por cima até a mini Elesis! - Eu não sou um traidor, muito menos infiel. - Bufou.

Por que Sieghart? Por que eu não posso encontrar uma pessoa mais agradável? Não é preciso muito…

- Realmente, você não é traidor nem infiel… Só um iludido. - Dei de ombros e voltei o olhar para o imortal. - Não me lembro bem desse evento, as festividades serão mais a noite? - Perguntei, talvez essa informação estivesse no bilhete no quartel mas eu não havia prestado atenção aos detalhes, apenas no negritado e riscado que dizia sobre as vestes. 

Alguém queria mesmo que todos seguissem a mínima exigência do evento… Talvez houvesse algum histórico de má conduta.

-Não precisamos nos juntar para constatar o óbvio. Porém entendo que você queira disfarçadamente mudar de religião, nunca é fácil quando todos esperam de você que seja idiota né. - A menina soltou um “aaah” como se tivesse compreendido de tudo. Ele apenas riu.

Por fim, respondeu ao outro. - Pelo que eu entendi, além da necessidade da Elesis que todos usassem roupas das cores certas, exceto o Azin que com certeza vai chegar alegando daltonismo ou algo do tipo, o resto das festas vai ser mais a noite. - Deu de ombros. - Até lá comida e bebida liberados, praticamente.

Encarei Sieghart. - Ei, ei, você só fala besteira em? - Suspirei. - Eu jamais mudaria de religião, Hórus é um salvador para o meu povo. - Eu não iria simplesmente acreditar no que Malygos relatou sobre Hórus, eram coisas absurdas demais para serem verdadeiras… 

- Eu já mostrei pra ele a verdade, mas ele simplesmente se recusa a aceita-la. Mas tudo bem, com o tempo vem a aceitação. - Sorri para o moreno. - Não é mesmo? 

- Ah sim, obrigado. - Então me virei observando a rua no geral, haviam alguns pontos de comida e o cheiro era agradável, talvez devesse aproveitar e almoçar de uma vez. - Kanji, em vez de ficar tagarelando, que tal ir encher a boca? - Sugeri. 

-É o primeiro estágio. - Garantiu o imortal. - Aceitação é uma estrada longa, mas com a ajuda de uma verdadeira religião fica mais fácil. - Levou uma mão ao ombro do dobrador, apenas como se estivesse dando algum tipo de suporte para ele. Sorria jocoso.

Elesis, por outro lado, ao ouvir a mísera menção a comida, pronunciou-se. - Doces! Eu vi tortas, várias delas, mais para lá! - Apontou. 

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[Praça de Serdin - Meio-Dia]

Eu até que vi as exigências de paleta de cores para o festival mas acontece que eu não tinha nada que se encaixava adequadamente. Apenas abri o guarda-roupas e procurei o que mais se assemelhava, e era essa. Evitei as peças verdes e tratei de arranjar algumas alaranjadas para usa-las no lugar.

Também confesso que não estava afim de participar de outro evento cultural daquele lugar, tudo remetia a deuses que eu jamais havia ouvido falar… Mas Malygos insistiu tanto e já que o quartel parecia um criadouro de aranhas eu resolvi ir. Para chegar mais rápido usei da ajuda das rochas o que deixou minhas calças um tanto empoeiradas, mas nada que algumas batidas de mão não resolvessem.

Depois de tanto tempo adormecido eu queria voltar a frequentar os eventos humanos, sempre tive esse desejo estranho e claro que eu teria que arrastar o dobrador comigo, eu jamais o perderia de vista.

Encontrei roupas adequadas para a ocasião, convenci o babaca da terra e fomos direto para Serdin. Tomamos um café reforçado e saímos bem cedo para conseguirmos chegar antes do meio dia.

E realmente deu certo, acabamos chegando até um pouco antes do esperado. - Já fazem anos desde minha última passada por aqui. - Observava cada canto, cada detalhe, cada aroma de magia que fluía daquele lugar.

Passeava pela praça com calma. Possivelmente havia perdido a líder por algumas horas, então aproveitava para caminhar tranquilamente pela multidão com a pequena ruiva quase em uma coleira.

Eram muitas pessoas. E era uma criança muito hiperativa.

Assim, sua tranquilidade não era realmente tranquila, mas lá estava ele. Olhando ao redor reconheceu duas figuras e instantaneamente um sorriso abriu-se em seu rosto. Claro que não perderia a chance de sacanear Kanji passeando por aí.

Ajeitou os panos de sua blusa e com passos rápidos aproximou-se. Elesis esforçou-se para correr atrás dele. - Ora ora, o que temos aqui. Um infiél e seu companheiro. - O sorriso não havia deixado seu rosto.

Andava vagarosamente ao lado do loiro, quase que deixando-o ir embora, não estava tão animado quanto ele para aquele festival. Talvez alguma comida ou tradição local me anime…

- Então você já esteve aqui antes daquilo - Comentei. Então avistei a figura conhecida se aproximando e torci o nariz, é claro que ele estaria em um evento desses mas com tantas pessoas por ali ele tinha que vir em minha direção?

Revirei os olhos. - Bom te ver também Sieghart. - Infiél? Tsc… Lá vem ele com esse papo mais uma vez. Chato.

- Sim, eu gostava daqui. - Parei quando o outro se aproximou e voltei o olhar até ele. - Malygos. - Repeti meu nome, talvez a cabeça cansada de um avatar não fosse boa em guardar nomes. 

Notei o desgosto do moreno, apenas abri meio sorriso. - Eu já te expliquei que você realmente está só se enganando com os contos do periquito das areias. - Dei de ombros, já estava cansado de falar as verdades de Hórus para o rapaz. 

O moreno riu. - É sempre bom me ver. - E tão logo junto sua frase na seguinte. - E é bom saber que mais alguém aqui compreende as verdades da vida… Malygos. - Falou com certa jocosidade, repetindo o nome que conhecia, mas que pelo visto ele se ofendia se não chamado da maneira correta.

A menina finalmente alcançou os adultos, respirando fundo antes de começar a escalar Sieghart para poder ver os outros de perto. - Achei que você não podia vir nesse evento. - A menina soltou, olhando para Kanji. - Você sendo um traidor das Deusas e tal.

O imortal soltou um risinho.

O ego do imortal era tão grande que eu me sentia embrulhar a barriga só de ouvir seus auto elogios. - Ah, ótimo, agora vão se juntar para falar sobre as deusas e blá, blá, blá… - Resmunguei. E ainda por cima até a mini Elesis! - Eu não sou um traidor, muito menos infiel. - Bufou.

Por que Sieghart? Por que eu não posso encontrar uma pessoa mais agradável? Não é preciso muito…

- Realmente, você não é traidor nem infiel… Só um iludido. - Dei de ombros e voltei o olhar para o imortal. - Não me lembro bem desse evento, as festividades serão mais a noite? - Perguntei, talvez essa informação estivesse no bilhete no quartel mas eu não havia prestado atenção aos detalhes, apenas no negritado e riscado que dizia sobre as vestes. 

Alguém queria mesmo que todos seguissem a mínima exigência do evento… Talvez houvesse algum histórico de má conduta.

-Não precisamos nos juntar para constatar o óbvio. Porém entendo que você queira disfarçadamente mudar de religião, nunca é fácil quando todos esperam de você que seja idiota né. - A menina soltou um “aaah” como se tivesse compreendido de tudo. Ele apenas riu.

Por fim, respondeu ao outro. - Pelo que eu entendi, além da necessidade da Elesis que todos usassem roupas das cores certas, exceto o Azin que com certeza vai chegar alegando daltonismo ou algo do tipo, o resto das festas vai ser mais a noite. - Deu de ombros. - Até lá comida e bebida liberados, praticamente.

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[Praça de Serdin - Meio-Dia]

Eu até que vi as exigências de paleta de cores para o festival mas acontece que eu não tinha nada que se encaixava adequadamente. Apenas abri o guarda-roupas e procurei o que mais se assemelhava, e era essa. Evitei as peças verdes e tratei de arranjar algumas alaranjadas para usa-las no lugar.

Também confesso que não estava afim de participar de outro evento cultural daquele lugar, tudo remetia a deuses que eu jamais havia ouvido falar… Mas Malygos insistiu tanto e já que o quartel parecia um criadouro de aranhas eu resolvi ir. Para chegar mais rápido usei da ajuda das rochas o que deixou minhas calças um tanto empoeiradas, mas nada que algumas batidas de mão não resolvessem.

Depois de tanto tempo adormecido eu queria voltar a frequentar os eventos humanos, sempre tive esse desejo estranho e claro que eu teria que arrastar o dobrador comigo, eu jamais o perderia de vista.

Encontrei roupas adequadas para a ocasião, convenci o babaca da terra e fomos direto para Serdin. Tomamos um café reforçado e saímos bem cedo para conseguirmos chegar antes do meio dia.

E realmente deu certo, acabamos chegando até um pouco antes do esperado. - Já fazem anos desde minha última passada por aqui. - Observava cada canto, cada detalhe, cada aroma de magia que fluía daquele lugar.

Passeava pela praça com calma. Possivelmente havia perdido a líder por algumas horas, então aproveitava para caminhar tranquilamente pela multidão com a pequena ruiva quase em uma coleira.

Eram muitas pessoas. E era uma criança muito hiperativa.

Assim, sua tranquilidade não era realmente tranquila, mas lá estava ele. Olhando ao redor reconheceu duas figuras e instantaneamente um sorriso abriu-se em seu rosto. Claro que não perderia a chance de sacanear Kanji passeando por aí.

Ajeitou os panos de sua blusa e com passos rápidos aproximou-se. Elesis esforçou-se para correr atrás dele. - Ora ora, o que temos aqui. Um infiél e seu companheiro. - O sorriso não havia deixado seu rosto.

Andava vagarosamente ao lado do loiro, quase que deixando-o ir embora, não estava tão animado quanto ele para aquele festival. Talvez alguma comida ou tradição local me anime…

- Então você já esteve aqui antes daquilo - Comentei. Então avistei a figura conhecida se aproximando e torci o nariz, é claro que ele estaria em um evento desses mas com tantas pessoas por ali ele tinha que vir em minha direção?

Revirei os olhos. - Bom te ver também Sieghart. - Infiél? Tsc… Lá vem ele com esse papo mais uma vez. Chato.

- Sim, eu gostava daqui. - Parei quando o outro se aproximou e voltei o olhar até ele. - Malygos. - Repeti meu nome, talvez a cabeça cansada de um avatar não fosse boa em guardar nomes. 

Notei o desgosto do moreno, apenas abri meio sorriso. - Eu já te expliquei que você realmente está só se enganando com os contos do periquito das areias. - Dei de ombros, já estava cansado de falar as verdades de Hórus para o rapaz. 

O moreno riu. - É sempre bom me ver. - E tão logo junto sua frase na seguinte. - E é bom saber que mais alguém aqui compreende as verdades da vida... Malygos. - Falou com certa jocosidade, repetindo o nome que conhecia, mas que pelo visto ele se ofendia se não chamado da maneira correta.

A menina finalmente alcançou os adultos, respirando fundo antes de começar a escalar Sieghart para poder ver os outros de perto. - Achei que você não podia vir nesse evento. - A menina soltou, olhando para Kanji. - Você sendo um traidor das Deusas e tal.

O imortal soltou um risinho.

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[Praça de Serdin - Meio-Dia]

Eu até que vi as exigências de paleta de cores para o festival mas acontece que eu não tinha nada que se encaixava adequadamente. Apenas abri o guarda-roupas e procurei o que mais se assemelhava, e era essa. Evitei as peças verdes e tratei de arranjar algumas alaranjadas para usa-las no lugar.

Também confesso que não estava afim de participar de outro evento cultural daquele lugar, tudo remetia a deuses que eu jamais havia ouvido falar… Mas Malygos insistiu tanto e já que o quartel parecia um criadouro de aranhas eu resolvi ir. Para chegar mais rápido usei da ajuda das rochas o que deixou minhas calças um tanto empoeiradas, mas nada que algumas batidas de mão não resolvessem.

Depois de tanto tempo adormecido eu queria voltar a frequentar os eventos humanos, sempre tive esse desejo estranho e claro que eu teria que arrastar o dobrador comigo, eu jamais o perderia de vista.

Encontrei roupas adequadas para a ocasião, convenci o babaca da terra e fomos direto para Serdin. Tomamos um café reforçado e saímos bem cedo para conseguirmos chegar antes do meio dia.

E realmente deu certo, acabamos chegando até um pouco antes do esperado. - Já fazem anos desde minha última passada por aqui. - Observava cada canto, cada detalhe, cada aroma de magia que fluía daquele lugar.

Passeava pela praça com calma. Possivelmente havia perdido a líder por algumas horas, então aproveitava para caminhar tranquilamente pela multidão com a pequena ruiva quase em uma coleira.

Eram muitas pessoas. E era uma criança muito hiperativa.

Assim, sua tranquilidade não era realmente tranquila, mas lá estava ele. Olhando ao redor reconheceu duas figuras e instantaneamente um sorriso abriu-se em seu rosto. Claro que não perderia a chance de sacanear Kanji passeando por aí.

Ajeitou os panos de sua blusa e com passos rápidos aproximou-se. Elesis esforçou-se para correr atrás dele. - Ora ora, o que temos aqui. Um infiél e seu companheiro. - O sorriso não havia deixado seu rosto.

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[ Entrada de Serdin - Manhã ]

Era uma manhã tranquila de sol, ainda assim se viu arrastado para fora da cama para um festival. Ainda argumentou com sua obrigante - A líder injuriada de tanto ficar dentro do QG, a mesma que o deixou para trás, ansiosa - sobre o fato que o festival, prontamente dito, seria à noite, seus argumentos caíram em orelhas surdas.

Eyra o esperava no estábulo, ansioso para esticar as asas naquele céu limpo de verão e ele puxou os tecidos de sua calça para que não ficassem presos em sua sela. Até mesmo a pequena ruivinha parecia animada em seu conjuntinho amarelo. - Festival, festival!

-É, estamos precisando de um bom. O último foi realmente um desastre. - Tentou animar-se com a ideia. Comidas boas, bebidas boas, uma celebração às suas Deusas por mais um ano. Por hora entubou o fato de ser em Serdin e ter que aturar mais magos, ao menos era uma desculpa para deixar aquelas paredes opressoras que estavam sempre silenciosas ultimamente. - Então vamos nos divertir, combinado?

-Combinado!

Bastou com que saíssem do estábulo para que o quimera esticasse as asas e pulasse em um voo ágil, agoniado para poder estar nos céus novamente. Sieghart teve que admitir que o vento em seus cabelos e o ar puro o trouxeram uma sensação de liberdade.

Assim que aproximou-se da cidade Eyra diminuiu sua altitude e velocidade até, devagar, pousar. Assim o imortal caminhava pelos que chegavam no festival montado ainda no quimera e observando como estavam sendo feitos os preparativos.

-Uau, quanta comida! E pessoas! Olha quantas moedas aquela pessoa está usando! - A menininha apontava, encantada. Sieghart apenas sorriu calmo. 

Era bom poder finalmente fazer algo.

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euphiehart

[ Sala de Estar - Tarde ]

bluefox-azin:
-Hmm… - Pensei um pouco sobre maneiras melhores de entrar na cozinha de forma mais chamativa. - Acho que se eu vier pela janela… Talvez, o telhado.. ? - Pensei alto. - Vou dar um jeito de fazer algo melhor na próxima vez! - Falei, com tanta determinação que havia quase criado um checkpoint ali mesmo. Aquilo era quase um desafio.
- Sem requeijão… ? - Bem, realmente, requeijão não faria sentido na torta. Ainda mais vendo que ela pretendia cobri-la de merengue. - Espero que já tenha colocado a massa de tomate… Certo, merengue! - Segui o imortal, vendo que ele parecia estar confuso com os ovos. Pensei um pouco também.
- Talvez… dez? - Dei de ombros. - É sempre melhor usar mais do que menos, não? - Com certeza não eram mais de dez ovos. - E aí usa-se açúcar, certo? - Peguei o açúcar e coloquei-o perto dos ovos. - Se eu lembro direito, usa-se apenas uma parte dos ovos… - Mas qual delas era?
Elysees parecia não saber muito bem no que ajudar, portanto se jogou em um canto da cozinha e ficou assistindo de lá. Tentaria ajudar em pelo menos algo depois, para que pudesse comer a torta.
Os sons por um momento acabaram. Euphie teve que olhar ao redor para notar que tudo estava… Interrompido.
Suspirou. As ondas ainda vinham sem controle, afinal, mas o fato que a colher havia atravessado sua mão não era uma coisa de se ignorar todos os dias. Na verdade, olhando com atenção, notou que ela conseguia enxergar através de sua mão e isso não poderia acabar bem.
Respirou fundo, após uns momentos o tempo acelerou novamente, deixando-a parada, olhando para o doce, enquanto os outros falavam na cozinha. - … Eu… Acho que vou ter que deixar vocês por conta própria. - Murmurou. - Não me sinto muito bem. - E, antes que pudessem falar algo, deixou para trás a cozinha, de cabeça baixa.
E o fogo ligado. E o doce queimando. E os encrenqueiros com total liberdade.

-Mais fácil por a dúzia logo. - Falou em resposta ao guerreiro. E analisando o açúcar e os ovos, deu de ombros. - E podemos simplesmente fazer duas vezes a mesma coisa. Bota açúcar nos dois potes e o que sair merengue usamos.

Contudo logo depois ouviu o barulho da colher batendo na panela e ergueu os olhos para ver se não era a pequena criança aprontando, mas encontrou-a quieta, sentada sobre a pia, observando a mulher alta.

Depois ela simplesmente foi embora, com qualquer desculpa. Piscou sem entender. - Mais doce pra gente? - Deixou a pergunta no ar, confuso. A menina levantou-se para continuar a mexer o doce, curiosa.

-Agora eu sou a cozinheira!

-Bom, não pode ficar pior do que já tava, né? - Murmurou para ele mesmo.

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euphiehart

[ Sala de Estar - Tarde ]

back-to-the-good-ernas:
bluefox-azin:
Após ter passado a manhã inteira procurando um lugar em que eu pudesse mostrar meu brilho, e fazer com que todos notassem que eu estava de volta, finalmente consegui ouvir algumas vozes vindas da cozinha. Tinha que aparecer lá o mais rápido possível.
Cheguei correndo no lugar, deslizando e batendo na mesa, quase a derrubando. - Fala pessoal! O que que tá rolando? - Graças a ter corrido tanto, estava um pouco sem ar. Bom, na verdade não, mas ainda sim inalei uma grande quantidade de ar, sentido o cheiro diferenciado que estava no lugar.
- Estão cozinhando? Parece… delicioso! - Até mesmo eu tive que reunir um pouco de coragem antes de dizer isso. - Querem minha ajuda? Eu sou realmente bom em cozinhar!
Elysees estava na mesma velocidade que eu enquanto eu corria, porém, ao sentir o cheiro do local com seu olfato apurado, ela acabou diminuindo a velocidade e só me alcançando alguns segundos depois, a passos cautelosos.
Ele apenas riu ao ver a raiva da outra. - Não, não, eu quero que você mostre seus dons culinários para o imortal. - E se estivesse muito ruim… Bem, poderia mandar o prato para o limbo
E então o lutador quase derrubou a mesa, sem motivo aparente. - Não parece, é delicioso! Ela está preparando algo tão delicioso quanto uma ambrósia. - Por um momento ficou apreensivo, mas… As paredes possuíam runas que resistiriam até a uma rajada de fogo negro, ela poderia sobreviver ao Azin. Talvez.
Dons culinários uma ova. Maldito imbecil. Assim, continuava mexendo, vendo que pouco a pouco o líquido esquentava. Não podia negar que o vapor cheirava bem e honestamente ela apreciava o calor. Até mesmo a sombra divagava próxima, interessado no que faziam - ela e a pequena menina ruiva.
Abanou a mão para tirar a cabeça dele da frente, assim podendo voltar a ver o interior da panela. - Estou quase terminando o recheio, mas também pretendia fazer um merengue pra colocar por cima. - Confidenciou devido à súbita aparição - desastrosa - de Azin. Era quase como se tivesse invocado ele, percebeu. - Se quiserem ir fazendo isso…

A criança assistiu a movimentação do lutador e bateu palminhas, aplaudindo a destreza dele em quase destruir tudo. O imortal teve que segurar a mesa no lugar para que as coisas não voassem no chão.

Ainda capturou um vasilhame que rolou e quase caiu pela quina, mas, no final das contas, tudo parecia intacto. - Você não tem maneiras mais chamativas de entrar na cozinha? - Perguntou, irônico, e quase riu com o fato que ele simulava falta de ar. Pouco tempo depois a “gorda” também aparecia no local. - Enfim, aparentemente será uma torta que, graças à minha intervenção, não levará requeijão. - Tinha certo orgulho em sua voz.

Por fim, quando ouviu a ideia do merengue teve que admitir que não soava ruim, por mais que não tivesse visto tudo que estava no recheio. Bom, tudo o que levava era ovos e açúcar, certo?

Pegou os ovos. Quantos será que seriam necessários?

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euphiehart

[ Sala de Estar - Tarde ]

back-to-the-good-ernas:
Forçadamente o loiro teve que dar meia volta e olhou feio para o moreno mas preferiu por não criar uma nova discussão. Dessa vez preferiu ficar de pé, próximo a porta e quando surgisse uma oportunidade, correria. 
- Cuidado com a colher, o segredo não é a força, é jeito. - Provocou, então se preparou para qualquer arremesso de peso que pudesse ser lançado pela morena. - Desse jeito vai adicionar lascas de panela na receita. 
Ela olhou par ao loiro por cima do ombro. - Não estou fazendo força, seu reclamão. Aliás, se tá tão incomodado, faça melhor! - Resmungou de uma só vez, impedindo que a garotinha enfiasse as mãos dentro da panela que mexia. Quando terminou com seu ataque de raiva - com direito a uma bufada e tudo mais - voltou-se ao que fazia. - E sim, agora só mexemos até borbulhar. - Explicou finalmente.
Aquela era uma situação estressante, Sieghart e ela no mesmo cômodo? Só pioraria se Elesis aparecesse por ali. Ou Azin.

A menina estava encantada observando a maneira que a outra produzia o doce, aceitando seus “ensinamentos” ansiosamente. O moreno suspirou, analisando aquela situação, era estranho se sentir.... Um estranho no meio dos dois ali.

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euphiehart

[ Sala de Estar - Tarde ]

back-to-the-good-ernas:
immortal-sieghart:
euphiehart:
A morena apenas observou Malygos… Ele não fazia ideia do que estava fazendo, possivelmente.
Piscou, depois fitou ambos. - Sim, doce. Torta, no caso cheesecake. E como o nome já diz, precisamos de queijo nela. - Explicou, como se fosse óbvio. Finalizando com a “farinha” que fizera, começou a apertá-la contra a vasilha, para que formasse uma camada de biscoito que seria usado como base.
Naquele momento tudo parecia… Estranhamente confortável. 
Recebeu o tapa na mão e olhou para o loiro pensando em como ele tinha essa audácia. Em um movimento rápido, antes que ele pudesse se afastar, porque estava sentado, confortável, apoiado contra a mesa, chutou os pés do banco dele, vendo-o sair de debaixo do outro.
Assim que sua artimanha estava feita, efetivamente roubou um chocolate. - Não a ouvi dizer isso, cheesecake não leva chocolate e… Bom, também não leva requeijão. - Explicou.
A menininha riu, após uma gargalhada gostosa, continuou com suas perguntas. - Mas o que é cheesecake? E torta de queijo é tipo aquela salgada?
-Não, é doce. E não muito boa. - Confidenciou.
Ela pareceu confusa. Ele deu de ombros. Ao mesmo tempo não pode deixar de notar o quanto a morena parecia desconfortável com sua presença, embora ele não soubesse exatamente o por quê… Ele tinha a impressão que ela era muito parecida com alguém que conhecia.
Ainda teve tempo de se apoiar na mesa e prontamente se colocar de pé. - Gostaria de desejar sua morte, infelizmente é algo impossível. - Deu de ombros. Malygos guardava certo rancor pelo imortal, tal que tinha o fardo de impedir a queda de Ernas… Havia virado um insano, ao menos no futuro e agora era um patético devorador de doces.
- Ela está inovando. - Puxou uma nova cadeira, do lado oposto a ruiva. - Euphie foi a primeira colocada no concurso de cozinheiro júnior em Ayeion. 
“Eles vão se matar.” Murmurou a voz. Euphie não deu sinais que interviria. “E você não vai fazer nada?” Ela deu de ombros.
Em contrapartida, ouviu a explicação do moreno e soltou um muxoxo. - Então vai ter que ser uma torta normal. - Resmungou. - Que sem graça. - Contudo o requeijão fora descartado.
Assim, foi pegar uma panela para poder “cozinhar” o recheio da torta.

A menina levantou-se em um pulo quando ela se afastou e passou pelo meio dos ingredientes da mesa, espalhando alguns deles. Sieghart teve que segurar a lata do leite condensado no ar antes que se espatifasse. - Eu quero ajudar! Vamos fazer torta! - E em um pulo desengonçado, foi para a outra bancada, mais próxima do fogão. Se Euphie não a impedisse talvez começasse a escalá-la.

O moreno não chegou a conclusão de seu ultimo pensamento, mas apoiou-se contra a mesa e riu do loiro. - Infelizmente. - Repetiu, aquilo era uma ótima piada. - E Ayeion parece ser um lugar bem longe. Do tipo ‘estou-fora-da-civilização’ longe. Não me surpreende que requeijão em uma torta tenha ganho o primeiro lugar em um concurso.

- De fato, é bem longe. - Apenas concordou com o imortal e evitou acrescentar qualquer outra sentença, não queria prolongar um diálogo nada produtivo.

Então ele se levantou, pegou uma maçã na fruteira e dirigiu-se para a porta. - Vou deixar você com sua inspiração, Euphie. Quem sabe você não pega aquele autografo que tanto queria? - Deu uma breve risada e acenou com a mão livre. - Se der, guarda um pedaço da torta de requeijão pra eu provar. Até. - E deu as costas.

Euphie rendeu um olhar feio para o moreno após aquele comentário nada carinhoso quanto às suas habilidades na cozinha e catou a criança no ar quando ela se atirou, impedindo que depois fosse escalada.

Deixou-a sentada em cima da bancada, logo colocando a panela no fogão. - Você pode ajudar não enfiando sua cabeça na quina da mesa. - Sugeriu, passando a mão sobre os fios vermelhos, podia ver a sombra enroscando-se na menina, como se sentisse falta de alguma coisa. - E não é nada demais fazer uma torta, com requeijão ou sem. - Falou meio rancorosa.

Pegou alguns dos ingredientes, começando a abrir as latas e despejar tudo na panela, quando deu-se por satisfeita, ligou o fogo. Tentou fingir que não havia escutado o comentário final do loiro, mexendo os ingredientes com muito vigor para não atirar a colher na cabeça dele.

Segurou o outro pela gola de sua camisa, se fosse necessário o arrastaria de volta. - Se um de nós vai ter uma maravilhosa noite no banheiro, todos vamos. - Falou irônico, pensando se deveria se livrar dos outros ingredientes “suspeitos” enquanto ela estava de costas. - Não vá desertar agora. - Completou.

A menina, por outro lado, parecia muito atenta, por mais que de repente o ambiente tivesse ficado ligeiramente mais quente. - Tá, aí é só mexer? E mexer quanto?

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euphiehart

[ Sala de Estar - Tarde ]

back-to-the-good-ernas:
immortal-sieghart:
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A morena apenas observou Malygos… Ele não fazia ideia do que estava fazendo, possivelmente.
Piscou, depois fitou ambos. - Sim, doce. Torta, no caso cheesecake. E como o nome já diz, precisamos de queijo nela. - Explicou, como se fosse óbvio. Finalizando com a “farinha” que fizera, começou a apertá-la contra a vasilha, para que formasse uma camada de biscoito que seria usado como base.
Naquele momento tudo parecia… Estranhamente confortável. 
Recebeu o tapa na mão e olhou para o loiro pensando em como ele tinha essa audácia. Em um movimento rápido, antes que ele pudesse se afastar, porque estava sentado, confortável, apoiado contra a mesa, chutou os pés do banco dele, vendo-o sair de debaixo do outro.
Assim que sua artimanha estava feita, efetivamente roubou um chocolate. - Não a ouvi dizer isso, cheesecake não leva chocolate e… Bom, também não leva requeijão. - Explicou.
A menininha riu, após uma gargalhada gostosa, continuou com suas perguntas. - Mas o que é cheesecake? E torta de queijo é tipo aquela salgada?
-Não, é doce. E não muito boa. - Confidenciou.
Ela pareceu confusa. Ele deu de ombros. Ao mesmo tempo não pode deixar de notar o quanto a morena parecia desconfortável com sua presença, embora ele não soubesse exatamente o por quê… Ele tinha a impressão que ela era muito parecida com alguém que conhecia.
Ainda teve tempo de se apoiar na mesa e prontamente se colocar de pé. - Gostaria de desejar sua morte, infelizmente é algo impossível. - Deu de ombros. Malygos guardava certo rancor pelo imortal, tal que tinha o fardo de impedir a queda de Ernas… Havia virado um insano, ao menos no futuro e agora era um patético devorador de doces.
- Ela está inovando. - Puxou uma nova cadeira, do lado oposto a ruiva. - Euphie foi a primeira colocada no concurso de cozinheiro júnior em Ayeion. 
“Eles vão se matar.” Murmurou a voz. Euphie não deu sinais que interviria. “E você não vai fazer nada?” Ela deu de ombros.
Em contrapartida, ouviu a explicação do moreno e soltou um muxoxo. - Então vai ter que ser uma torta normal. - Resmungou. - Que sem graça. - Contudo o requeijão fora descartado.
Assim, foi pegar uma panela para poder “cozinhar” o recheio da torta.

A menina levantou-se em um pulo quando ela se afastou e passou pelo meio dos ingredientes da mesa, espalhando alguns deles. Sieghart teve que segurar a lata do leite condensado no ar antes que se espatifasse. - Eu quero ajudar! Vamos fazer torta! - E em um pulo desengonçado, foi para a outra bancada, mais próxima do fogão. Se Euphie não a impedisse talvez começasse a escalá-la.

O moreno não chegou a conclusão de seu ultimo pensamento, mas apoiou-se contra a mesa e riu do loiro. - Infelizmente. - Repetiu, aquilo era uma ótima piada. - E Ayeion parece ser um lugar bem longe. Do tipo ‘estou-fora-da-civilização’ longe. Não me surpreende que requeijão em uma torta tenha ganho o primeiro lugar em um concurso.

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euphiehart

[ Sala de Estar - Tarde ]

back-to-the-good-ernas:
- Você poderia ao menos me ceder um deles. - Suspirou, não lhe faria a falta de apenas um, além do mais deveria haver mais destes escondidos na dispensa. 
Ele não se fez de muito preocupado quando o moreno entrou, entretanto se alertou quando a ruivinha começou a destruir os bancos da cozinha. - Boa tarde. - Com certeza já estavam no meio da tarde.
-Não, não poderia. - Respondeu, rapidamente.
“Ah, olha quem está aí…” A voz foi o primeiro a notar a criança, observando-os pela batente. Euphie gelou. Se a criança estava ali… A voz repleta de sono se fez presente. Ela pensou se valia a pena ou não tentar se esconder embaixo da bancada.
-Ah, bom dia… Tarde. - Corrigiu-se. Continuou a esmigalhar os biscoitos.
“Será que ele vai notar o cheiro do seu medo… Ou do seu nervoso?” Quis responder que era estupidez, Sieghart apesar de tudo era humano, mas não podia falar nada no instante. “Ah, e cheesecake acho que não se faz com requeijão.”
Sua mente dava tantas voltas que sequer notou a criança caindo do banco, apesar de o som ter chamado sua atenção. A silhueta pulou para o chão e rodou ao redor da pequena, analisando-a e, interessado, cheirando-a. “Faz tempo que não a vejo, ela sempre foi pequena assim?”

Ele analisou os ingredientes na bancada. Podia dizer com facilidade o que se destacava, ainda assim não comentou. Vai saber. Ela é a novata que Elesis tinha comentado que não era tão boa assim das ideias, não?

Ergueu o banco que a pequena derrubou e depois a pegou, deixando-a em cima deste. - Tente não destruir a cozinha. O que exatamente vocês estão fazendo? Porque me parece doce, e isso me interessa. Bastante.

Descaradamente roubou um dos chocolates, a pequena observava. - É brigadeiro? É bolo? É paçoca? Mousse? Gelatina? Quindim? - Ela continuava e continuava perguntando. Sieghart se pegou analisando se roubava outro chocolate antes do requeijão virar parte da receita, mas não respondeu a criança.  A pergunta não era pra ele, afinal.

Ele mais do que depressa deu um tapa na mão do imortal para que este soltasse o chocolate. - Ela vai precisar dos chocolates. De todos os chocolates. - Então encarou Euphie profundamente. - Não é mesmo, Euphie? - Se ele não tivesse um biscoito… chocolate, ninguém teria!

- Uma torta. - Respondeu a pequena. - Mas ainda não compreendi a parte do requeijão. - Apesar de sua explicação agora aquilo fazia menos sentido ainda.

A morena apenas observou Malygos… Ele não fazia ideia do que estava fazendo, possivelmente.

Piscou, depois fitou ambos. - Sim, doce. Torta, no caso cheesecake. E como o nome já diz, precisamos de queijo nela. - Explicou, como se fosse óbvio. Finalizando com a “farinha” que fizera, começou a apertá-la contra a vasilha, para que formasse uma camada de biscoito que seria usado como base.

Naquele momento tudo parecia… Estranhamente confortável. 

Recebeu o tapa na mão e olhou para o loiro pensando em como ele tinha essa audácia. Em um movimento rápido, antes que ele pudesse se afastar, porque estava sentado, confortável, apoiado contra a mesa, chutou os pés do banco dele, vendo-o sair de debaixo do outro.

Assim que sua artimanha estava feita, efetivamente roubou um chocolate. - Não a ouvi dizer isso, cheesecake não leva chocolate e... Bom, também não leva requeijão. - Explicou.

A menininha riu, após uma gargalhada gostosa, continuou com suas perguntas. - Mas o que é cheesecake? E torta de queijo é tipo aquela salgada?

-Não, é doce. E não muito boa. - Confidenciou.

Ela pareceu confusa. Ele deu de ombros. Ao mesmo tempo não pode deixar de notar o quanto a morena parecia desconfortável com sua presença, embora ele não soubesse exatamente o por quê... Ele tinha a impressão que ela era muito parecida com alguém que conhecia.

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[ Sala de Estar - Tarde ]

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- Você poderia ao menos me ceder um deles. - Suspirou, não lhe faria a falta de apenas um, além do mais deveria haver mais destes escondidos na dispensa. 
Ele não se fez de muito preocupado quando o moreno entrou, entretanto se alertou quando a ruivinha começou a destruir os bancos da cozinha. - Boa tarde. - Com certeza já estavam no meio da tarde.
-Não, não poderia. - Respondeu, rapidamente.
“Ah, olha quem está aí…” A voz foi o primeiro a notar a criança, observando-os pela batente. Euphie gelou. Se a criança estava ali… A voz repleta de sono se fez presente. Ela pensou se valia a pena ou não tentar se esconder embaixo da bancada.
-Ah, bom dia… Tarde. - Corrigiu-se. Continuou a esmigalhar os biscoitos.
“Será que ele vai notar o cheiro do seu medo… Ou do seu nervoso?” Quis responder que era estupidez, Sieghart apesar de tudo era humano, mas não podia falar nada no instante. “Ah, e cheesecake acho que não se faz com requeijão.”
Sua mente dava tantas voltas que sequer notou a criança caindo do banco, apesar de o som ter chamado sua atenção. A silhueta pulou para o chão e rodou ao redor da pequena, analisando-a e, interessado, cheirando-a. “Faz tempo que não a vejo, ela sempre foi pequena assim?”

Ele analisou os ingredientes na bancada. Podia dizer com facilidade o que se destacava, ainda assim não comentou. Vai saber. Ela é a novata que Elesis tinha comentado que não era tão boa assim das ideias, não?

Ergueu o banco que a pequena derrubou e depois a pegou, deixando-a em cima deste. - Tente não destruir a cozinha. O que exatamente vocês estão fazendo? Porque me parece doce, e isso me interessa. Bastante.

Descaradamente roubou um dos chocolates, a pequena observava. - É brigadeiro? É bolo? É paçoca? Mousse? Gelatina? Quindim? - Ela continuava e continuava perguntando. Sieghart se pegou analisando se roubava outro chocolate antes do requeijão virar parte da receita, mas não respondeu a criança.  A pergunta não era pra ele, afinal.

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euphiehart

[ Sala de Estar - Tarde ]

back-to-the-good-ernas:
euphiehart:
Euphie estava calmamente arrumando os ingredientes e pensando por onde começar quando notou as mãos atrevidas de Malygos que tentava roubar seus ingredientes.
Em um tapa, segurou a mão dele contra a mesa. - Não, os biscoitos são para a torta. Preciso de todos eles. - A sombra pulou do chão para cima da bancada e, mesmo que Euphie soubesse que não fazia nenhuma diferença porque, honestamente, ele não estava naquele plano, abanou a mão livre para expulsá-lo ali de cima. - E você xispa daqui, quero cozinhar em uma bancada limpa, de preferência.
Fez um bico quando viu sua mão ser estapeada pela morena. - Você não pode usar todos esses biscoitos pra apenas uma torta! - Recuou o braço, estava claramente frustrado em não conseguir um doce. - Muito menos o requeijão… - Murmurou a última parte.
Malygos se esticou na cadeira e, com a mão direita ficou batucando esta, seu olhar focava o pote de biscoitos e seu pensamento metralhava a guardiã das gostosuras. 
“Você sabe que não vai conseguir me expulsar daqui né.”
Euphie girou os olhos pra criatura e abanou, novamente, para que saísse, agora que soltava a mão do outro. - Eu vou usá-los para fazer a parte de baixo, como uma massa. - Explicou, calma, deixando claro que sim, usaria todos eles.
Pegou os biscoitos e começou a esfarelá-los rapidamente, deixando como se fosse uma farinha. Finalmente a figura feita de fogo pulou de cima da bancada, através de si, e pousou na pia logo atrás para poder olhar pela janela. Ela já não se incomodava. “E o que você vai fazer com o requeijão, que mal te pergunte?”
-Cheesecake. - Respondeu como se fosse óbvio.

Depois que a ruiva saiu do quarto, o moreno ainda ficou na cama um bom tempo, ouvindo a conversa distante no corredor, antes de dormir novamente. Foi no começo da tarde que a ruivinha, em um pulo certeiro no meio de seu cóccix, o fez acordar em uma profusão de dor.

-Estou com fooooooome! - Resmungou, manhosa. Ele teve que terminar de acordar pra conseguir compreendê-la.

-Você precisava me acordar dessa maneira? - Murmurou, em dor, de canto de olho viu que ela assentiu. Suspirou. - Vou botar uma roupa e a gente desce, ok?

-Yay, finalmente sair do quarto! - Dito e feito Sieghart precisou de poucos momentos para terminar de acordar antes de passar no banheiro para fazer sua higiene “matinal” - no meio da tarde - e vestir uma roupa. Quando finalmente estava pronto pra ir, abriu a porta libertando a ferinha.

A criança passou correndo pelo corredor, desceu as escadas em pulos e ele, em passos preguiçosos, a seguia. Antes de chegarem na cozinha, no entanto, ouviu vozes e pode ver a pequena olhando, só os olhinhos aparecendo pelo batente da porta, analisando quem estava no interior.

-Bom dia. - Murmurou, entrando, sem se preocupar com quem estava lá dentro. Na verdade sequer prestou atenção em algo até que ouviu o clangor de um dos bancos caindo no chão. Já sabia quem era a culpada, infelizmente.

-Woops. - A criança tentava seu máximo em reerguer o móvel que tinha derrubado ao tentar escalá-lo. Seu olhar foi dela para os doces em cima da pia. Subitamente seu interesse foi capturado.

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[ Quarto do Sieghart - Manhã ]

-Não Sieghart, eu não vou continuar deitada. Eu tenho coisas a fazer e você sabe disso. - Resmungava enquanto calçava as botas. Por mais confortável e tentador aquela premissa fosse, ela não podia, nem deveria, continuar adiando seus trabalhos e deveres.

Assim terminou de calçar as botas e amarrou bem firme os cadarços, erguendo-se e deixando o moreno murmurando e resmungando na cama. - Não é como se eu fosse ficar eternamente trabalhando. - Talvez fosse, ela ponderou, mas ignorou. - Vamos Hazath.

O dragão chacoalhou-se, fazendo o barulho de metal quando se balançou, e enquanto se aproximava, franziu o focinho. Ela mal teve tempo de perguntar o que acontecia, já que abria a porta, pronta para sair.

Seu olhar recaiu no corredor.

Ficou lá, parada, estática, sem saber se gritava, fechava a porta, gritava após fechar a porta ou simplesmente continuava assistindo. O dragão, aos seus pés, rosnou para a outra no corredor.

Aquilo estava mesmo acontecendo, percebeu. Notou também o quão adorável era aquela situação. Cutucou Hazath com a ponta das botas, para que ele fizesse silêncio e estreitou a abertura, assistindo os dois no corredor. Precisava da maga. Precisava de alguém pra ouvir seus pensamentos, já que Sieghart apenas a julgaria.

Ouviu as palavras da ruiva com certa resistência. Resmungando sozinho coisas como “a prioridade é sempre esse maldito trabalho” e “vou achar outro líder pra colocar no seu lugar”, virou-se na cama e tampou a cabeça com um travesseiro.

Contudo, não ouviu ela sair. O que, apesar do travesseiro, era uma coisa incomum.

-Siegh, o que ela tá fazendo? - A voz infantil acabou atiçando ainda mais sua curiosidade. Destampou a cabeça, analisando a mulher, parada, em frente a porta do quarto com apenas uma fresta aberta. Era impressão dele ou ela estava rindo baixinho consigo mesma?

-É uma ótima pergunta. - Resmungou de volta e levantou-se da cama caminhando até a ruiva e, por cima dos cabelos vermelhos viu, no corredor, Erudon e... Ugh. Só de estar próximo daquela coisa já se sentia enjoado e puto, tudo ao mesmo tempo.

Voltou para a cama, resmungando. A menina jogou-se em suas costas, cutucando suas escápulas. - E então, o que era, o que era?

-Nada de importante. - Resmungou, voz abafada pelo algodão. - Ronan e aquele traste. - Finalizou.

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