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神楽 ⛩

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“ Diferente… Eu sou super normal. ” Contrariou sem pensar duas vezes, um bico formando-se em seus lábios ao que desviava o olhar, carregando sua típica expressão de criança birrenta. É o que ele espera que as pessoas pensem sobre si, que é um ser humano comum, mas a essa altura, como poderia enganar o outro?
“ Ele só sabe ser cachorrinho de uma vampira ranzinza que persegue os passos dele e tudo o que a gente faz é dividir esse quarto que ganhamos, porque tem gente nos vigiando desde um dia aí que fomos presos. ” Vanitas falou e falou enquanto permitia que Shin o limpasse e deixando que seu queixo fosse erguido por ele, em nenhum momento perdendo o contato visual. A fala do outro fez com que o doutor entreabrisse os lábios, piscando várias vezes depois do vampiro se afastar.
“ Fala sério, Shin. Eu não beijo o Noé, também não sinto nenhum tipo de atração, ele me odeia! E se ele tentar me morder terei que matá-lo. ” Terminou a fala enraivecido, mas nada mudava o fato de que estava começando a achar a situação engraçada, só de imaginar o que Shin poderia estar pensando sobre o que acontecia entre si e Nóe. A pergunta sobre estar com fome fora ignorada facilmente, assim como a parte do ‘deixar pra lá’ e Vanitas se pôs a rir, tossindo logo em seguida. “ Ouch, essa doeu… ” Qualquer movimento brusco ainda machuca. “ A questão é, o que você estaria fazendo aqui agora se não fosse meu amigo? ”
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⊱❖⊰

Aé... Até havia esquecido que ele tinha essa questão peculiar com tal adjetivo. Em sua concepção, o diferente que era melhor e muito mais atrativo; Vanitas tinha é que ter orgulho disso, assim como Shin tinha de sua cauda por exemplo. O vampiro não ficou impressionado com a situação exposta, apenas assustando-se com a semelhança inédita que compartilhava com o outro vampiro. Cruzes... Okay’... Você me convenceu.” – Disse um tanto quanto perplexo. Só agora a vontade de conhecer Noé se fez realmente presente. Ainda não entendia o fato do Doutor ter insistido tanto para mordê-lo quando se conheceram, achava até então, que Noé era quem alimentava esse desejo do outro. Mas nada que pudesse pensar no momento fazia sentido, fosse o caso, conseguiria notar o aroma diferenciado do vício na corrente sanguínea do humano.

Talvez coincidência...? – Respondeu-o num tom incerto. –Eu gosto da sua companhia, então, eu poderia facilmente estar tirando proveito dessa situação.” – Refletiu. Eu tive poucos amigos de verdade Vani é nítida a diferença aqui. Adicionou apenas nos pensamentos. Arqueou ambas as sobrancelhas, era um assunto que voltava a persegui-lo, uma história repetida de décadas atrás. Como era possível se sentir tão próximo e ao mesmo tempo tão distante? De alguma forma, ainda persistia no erro, porém, em qual deles?“Talvez eu ainda tenha essa necessidade de tentar me conectar com alguém. Nem no meu próprio irmão eu posso confiar cem por cento.” – Suspirou. – “Não sei por que eu volto a insistir nesses assuntos, eu heim’... To’ ficando igual esses vampiros chatos. – Se encaminhou até a porta principal do quarto, levando uma das mãos até a nuca exposta, arrepiando-se com a própria diferença de temperatura. – “Faz o seguinte, trate de limpar melhor esses ferimentos que estou sentindo daqui ou eu mesmo irei cuidar disso. Volto no máximo em uma hora.” – Proferiu decidido a ir atrás do que Vanitas queria.

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“ Eu sei! ” Exclamou, mas não sem sentir dor e grunhir novamente. “ Só fiquei um pouco… Meio surpreso. ” Muito, na verdade. Pois não se lembra de Shin lhe mostrar o que pode fazer desse jeito, além dele ser um outro tipo de vampiro, o tipo que não está acostumado e que suas habilidades estão longe das que Vanitas adquiriu ao ter o sangue deles injetado em suas veias. “ Estou tentando, mas não poder me mexer livremente me enche de ódio. ” Apesar do que disse, o doutor estava dando risada bem baixo, era a única forma que conseguia.
“ Eh, que coisa louca pra se dizer de mim. ” Ele manteve o sorriso por vários segundos, nunca se viu como alguém que vale a pena, ouvir isso soa tão engraçado em sua cabeça, como se o vampiro estivesse fazendo piada. Mas… E se for verdade? o simples pensamento fez com que Vanitas continuasse encarando as costas do loiro, agora com seriedade, enquanto o mesmo ia atrás do que precisava para ajudá-lo.
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“ Tô com frio. ” Reclamou baixo ao puxar o cobertor para si sem medo de manchar tudo de sangue, enquanto pensava se deveria perguntar, até que a pergunta acabou saindo. “ É… É sério isso que você falou, Shin? Quero a verdade e somente a verdade. ” Indagou em um tom um pouco mais alto para que ele o escutasse de onde estava. “ O Noé? Ele some pela cidade de vez em quando, me falaram que tem um emprego por aí. Mas ele não precisa saber sobre mim, nem amigos nós somos, apenas dividimos o mesmo objetivo. ”

Shin gostava de se fazer presente, causar uma impressão era o que importava, ainda que se esforçasse para que sobressaísse apenas o melhor do vampiro, não conseguia esconder algumas tendências perversas alimentadas durante séculos. O que sentia pelo Doutor ainda era ambíguo para a própria criatura, por vezes pegava-se refletindo no poder que o significado de um amor platônico carregava. Sorriu com o canto dos lábios, prevendo tais reclamações convenientes.

Se surpreendeu pela nova informação, tinha uma visão de Noé completamente diferente, talvez por invejá-lo devido a convivência com o Vanitas. E neste instante tomou consciência de que muitos de seus receios poderiam ser fruto apenas da sua insana imaginação. Um verdadeiro caos. Observou as atitudes do outro, franzindo levemente o cenho. – “Sim, é sério. Você é um humano diferente.” – Disse com convicção, olhando diretamente nas íris azuladas e profundas dele. – Hnn... Divide um quarto e sua rotina com ele e não o considera um amigo?... Essa é nova.” – Pela falta de iniciativa acabou recolhendo a toalha de rosto úmida, já que não demoraria para que a água começasse a esfriar naquele ambiente.

Sem qualquer hesitação aproximou-se do outro a fim de limpar o rosto repleto de resquícios de sangue. Os hematomas na maçã do rosto já evidentes. Deslizou o tecido cuidadosamente pela bochecha sensível, limpando em especial a região do nariz do outro. O cheiro ferroso invadindo o curto espaço que os separava. Precisou levantou um pouco a cabeça do outro, e o fez pelo queixo. As pupilas dilataram-se inconscientemente, mas nada disse a respeito. – Engraçado como se trocasse o nome do Noé pelo meu... Ainda se encaixaria perfeitamente– Quer dizer, só não existe um objetivo comum que nos une. Você não me considera um amigo?” – Àquela altura, não mais o tocava. É claro que ao final da frase arrependeu-se amargamente, seguindo com o falatório. –Deixa pra lá Vani... – Moveu um dos ombros como se desse a entender que não se importava. – Está com fome, não? Vou cuidar disso.” – Mudou de assunto rapidamente, dobrando a toalha e a deixando ao lado da caixa de remédios mais uma vez. Seu olhar era vago, já que pensava em chamar alguns de seus contatos para lidar com o empecilho do outro.

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“ Só queria saber se tá prestando atenção em mim. ” Disse em tom levemente divertido, o máximo que podia fazer em seu péssimo estado e em meio a dor de suas feridas. Talvez esse não tenha sido o melhor momento para contar a Shin como se sente sobre as mordidas, mas é bom que o tenha avisado de alguma forma.
“ Me deixa comer o que quiser. ” Devolveu no mesmo instante, logo em seguida escapou por entre seus lábios um baixo som de dor, ele nem deveria estar tentando discutir com o outro.
Os olhos azuis arregalados foram direcionados para o vampiro, e então para as pessoas que sequer pareciam estar vendo alguma coisa. Vanitas ficou com essa cara de espanto até que chegassem ao quarto, foi só ali e depois de ter sentado na beira da cama que abriu a boca. “ Por que não fui hipnotizado também? Você controla até isso? ”
O pulso do loiro foi segurado, passando-se alguns segundos enquanto o encarava em silêncio, seu olhar cansado foi lentamente suavizando, assim como o toque no pulso alheio. “ Obrigado. ” Resolveu agradecer. Faz tanto tempo que não se sente tão quebrado assim… A dor latejante o faz lembrar vagamente de quando conseguiu fugir do laboratório. “ E desculpa por te fazer perder tempo comigo… ”
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Vanitas era um humano mais complicado do que imaginava; fosse pela personalidade aventureira, fosse pela dificuldade de entender o que se passava na cabeça do outro. Chegava a ser curioso como o vampiro ainda se empenhava em tentar conhecê-lo sem todos aqueles títulos clichês que definiam o Doutor muito bem. Não houve um momento sequer que Shin não prestara atenção nas palavras ou então expressões do mais novo, até em ocasiões cujo fingia indiferença. Estava sempre buscando compreendê-lo. Era tão difícil.

Suspirou um tanto apático, abaixando o olhar e fitando as íris claras, desejando intimamente nunca se esquecer daquela fisionomia. – Sim... Já disse que sou poderoso, não? – Enfatizou novamente, e só agora formando um sorriso nos lábios finos. Desviou os olhares para a mão enluvada, demonstrando um semblante confortador. – Não se preocupe Vani. Você precisa descansar por ora.” – Levou a mão esquerda em cima da direita que o segurava, acarinhando-a por breves segundos antes de se afastar.

Sabe... Eu não perco tempo, estou sempre aprendendo ou me divertindo com nossas interações. Você é um cara que vale a pena.” – Proferiu enquanto se encaminhava até o banheiro, procurando no armário algum tipo de kit médico disponível; e ao encontrá-lo, ficou surpreso por se deparar com uma quantidade maior de produtos do que imaginava. Recolheu a toalha de rosto do lavabo e a umedeceu parcialmente. Levou a caixa até Vanitas, depositando-a sobre a cama ao lado dele, e em cima, repousou a toalha dobrada. – “Gostaria que eu chamasse Noé? Sabe onde ele está? – Tinha a intenção de acatar qualquer instrução ou necessidade do outro.

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“É eu sei. Só saiu, foi mal…” Acabou soltando um riso nasalado, por que realmente aquilo ficou estranho. De qualquer jeito, o maior sempre foi muito observador, e quando se tratava de Rin, simplesmente era mais que o normal. “Bem, você é bom sendo líder. Então é natural…"
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Pegou o celular oferecido, colocando-o novamente no bolso lateral. Antes, deu uma olhada no horário e constou que daria tempo. Mesmo que estivesse ansioso, sentindo um frio estranho na barriga, ainda estavam aproveitando a visita no aquário. Olhou para cima, em busca das direções e apontou, para que o menor também pudesse ver - e levar a ambos, já que Sousuke era péssimo com direções, sejam elas quais forem. “Eu passei. Esse tempo que você ficou longe e eu não estava mais nadando, me organizei para estudar mais e também não morrer de tédio. O resultado foi o suficiente para passar na matéria.” Respondeu, sorrindo orgulhoso de si mesmo, por mais que não tivesse tirado um 10. “Mas você pode me ajudar indo em casa, sim.”

Admitia que havia se sentido um pouco estranho e surpreso no momento em que fora nomeado o capitão do time Samezuka, é claro que não deixava de ser uma responsabilidade completamente nova e desafios também era sua constante realidade; ao menos, achava que se saíra bem na sua trajetória. No entanto, não almeja passar por essa experiência novamente, seus planos se encontravam bem distantes inclusive. Inevitavelmente acabou por sorrir com o elogio, virando o rosto para o lado oposto ao de Sousuke a fim de que ele não notasse.

Assim que observou as direções guiadas, se surpreendeu com a iluminação diferenciada do ambiente, um tanto mais escassa por assim dizer; fazendo com que os tanques a sua volta refletissem a maravilhosidade e até imensidão do fundo do mar. Nem ao menos era capaz de ver através dos vidros, apenas comprovando sua teoria de que o fundo do mar deveria ser assustador com a ajuda do desconhecido. – Nossa... Passando em matemática de primeira... Olha, tô’ impressionado. As coisas mudaram...” – Riu um tanto irônico, uma vez que quando dividiam a sala de aula, exatas era uma área penosa para o amigo.

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Hn? Mas ai eu iria ajudar em quê? Você parece que se vira bem sem mim.” – Proferiu um tanto risonho, escondendo ambas as mãos nos bolsos da calça mais larga. Não sabia ao certo o que queria dizer com aquilo, apenas divagou ao observar uma arraia pequena perpassar tão perto do vidro.

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 Mafuyu estranhou o silêncio que se estabeleceu por alguns segundos, porém na prática aparentava ser uma eternidade; ficando um pouco sem reação, apenas permanecendo na mesma posição sobre o parceiro. Não se arrependia das palavras, de fato desejava aquilo, mas talvez estivesse se pronunciado em um momento ruim… não saberia dizer. Seus pensamentos já havia se desvinculado do assunto anterior e estava apenas focado no novo local onde planejavam sair. Sempre tinha grandes expectativas com os encontros com Yuki, o mesmo sempre trabalhava para que fosse a melhor experiência na cabeça do ruivo, sempre enfatizando que ele havia feito isso, priorizando as primeiras experiências em geral do menor. Conforme o outro ia retornando ao assunto, sentiu o corpo esfriar ao mesmo tempo em que o coração acelerava, não esperava que ele fizesse tal pergunta.
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 Agora foi a sua vez de ficar em silencio, durante verdadeiros longos minutos. Desfez o abraço gradativamente, virando o corpo lentamente para pegar o prato na mesinha atrás de si, dando mais uma garfada na torta preferida. Ignorou um pouco o companheiro, desfrutando apenas do doce com murmúrios de aprovação ao sabor encantador, antes de entregar mais um pedaço da boca do mesmo. – “S-sim… É verdade, Yuki…” – finalmente se pronunciou. – “S-sim! Do-dormiria com você hoje…” – as bochechas queimavam intensamente. – “D-desde aquele dia…” – sabia que o namorado identificaria o que estava querendo dizer. – “… Eu não consigo imaginar sem você, ou fazer sem você…” – o tom era natural enquanto ainda se alimentava da sobremesa, nem aparentando estar falando sobre um assunto inédito e especial para ambos os garotos.

Aceitou mais um pedaço da torta sem suplícios, apesar de que já estava começando a ter dificuldade em engolir o doce em razão do nervosismo incômodo que sentia. Dessa vez, preferiu esperar desocupar a boca antes de se pronunciar. – ...Hn. – Tentou não encarar tanto o namorado, ele ainda aparentava estar mais envergonhado do que si, ao menos isso. – “Já faz uma semana desde aquele dia... Resolveu me contar só agora por que eu perguntei? – Não estava emburrado como seu tom de voz soava, era apenas curiosidade. – Tipo’, se eu não voltasse a tocar no assunto... Eventualmente você sentiria vontade, ou só está me dizendo isso porque eu estou te cutucando? – Indagou-o extremamente pensativo. Não queria forçar esse tipo de relação com Mafuyu, mas convenhamos que o ruivo também não ajudava quando se tratava de iniciativas. Sete meses de namoro...

Sentiu um arrepio estranho percorrer sua coluna, necessitando de água urgentemente. Outro detalhe que o assombrava em silêncio era o fato de que::::: Mafuyu poderia não gostar de sua performance, ou, pior que isso, será que ele não tinha a mesma libido que a dele? Sempre achou que sexo fazia constituía uma parte essencial de uma relação amorosa, algo comum como por exemplo, quando fossem ao parque e andassem de mãos dadas. Sem nem mesmo querer, acabou por pilhar em uma paranoia antiga e adormecida.

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kagxra
@wildrift​  ( sorry pelo surto; o shin é complicado e dramático eu sei qq )

Um suspiro longo e cansado quebrou o silêncio acomodado no quarto luxuoso, já havia modificado a escrita diversas vezes e parecia que a cada vez que relia os parágrafos ainda faltava conteúdo para expressar-se de maneira verdadeira. O tórax chegava a doer ao reviver todos os sentimentos profundos e renegados ao lembrar da figura humana. No final das contas, após duas horas de muito esforço mental, acabou por excluir mais de cinco parágrafos.

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A iluminação arcaica e preferida para a ocasião apenas evocava uma sensação de que talvez, estivesse só perdendo tempo. A cera derretendo a cada devaneio encantador. “Por que é que sou assim?” Riu melancolicamente consigo mesmo, proferindo os pensamentos em voz alta. “É só uma carta de despedida… Não exagera.” Na última vez que revisou a versão definitiva precisou segurar as emoções. Agora, suas pretensões ficaram mais palpáveis. Só tinha de entregar a carta informal, e temia por não conseguir se desfazer do valioso presente que guardava com tanto carinho. No fundo, não conseguiria devolver o acessório ao verdadeiro dono, sabia que se o fizesse, poderia significar a ruptura absoluta da relação intrigante, e não era isso que desejava.

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As suas semanas em Paris estavam contadas, e é claro que deixou para escrever a carta de última hora. “Espero que você me perdoe por isso Vani…” Pretendia deixá-la no simples quarto de hotel do Doutor, e num local visível de preferência, talvez em cima do travesseiro. “Não sei porque fico tão nervoso só de te imaginar lendo… Ninguém se importa de verdade.” Disse para si mesmo a fim de recuperar os ânimos, dobrando a folha de gramatura diferenciada como o de costume e a guardando em um envelope totalmente em branco.

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𝑨̀ 𝑫𝒐𝒄𝒕𝒆𝒖𝒓 𝑽𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔.

      𝑻𝒂𝒍𝒗𝒆𝒛 𝒔𝒆𝒋𝒂 𝒖𝒎 𝒑𝒐𝒖𝒄𝒐 𝒊𝒏𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒆 𝒔𝒊𝒎𝒑𝒍𝒊𝒔𝒕𝒂 𝒅𝒆𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒅𝒂 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒓 𝒆𝒙𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒓 𝒆𝒔𝒔𝒆𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒂𝒑𝒆𝒏𝒂𝒔 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒕𝒂… 𝑫𝒆𝒄𝒆𝒓𝒕𝒐 𝒆𝒖 𝒆𝒔𝒕𝒆𝒋𝒂 𝒂𝒎𝒆𝒅𝒓𝒐𝒏𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒆𝒎 𝒆𝒏𝒇𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂𝒓 𝒐 𝑫𝒐𝒖𝒕𝒐𝒓 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂, 𝒐𝒖 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐, 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓-𝒍𝒉𝒆 𝒂𝒍𝒈𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒎𝒆 𝒑𝒆𝒓𝒕𝒆𝒏𝒄𝒆 𝒏𝒐 𝒄𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐. 𝑬𝒔𝒕𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒕𝒂 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒖𝒂 𝒗𝒆𝒛, 𝒆́ 𝒂 𝒖́𝒏𝒊𝒄𝒂 𝒂𝒍𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒂𝒋𝒖𝒅𝒂𝒓𝒂́ 𝒂 𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒂𝒏𝒈𝒖́𝒔𝒕𝒊𝒂𝒔.

      𝑵𝒂̃𝒐 𝒂𝒄𝒉𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒋𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒔𝒖𝒓𝒑𝒓𝒆𝒔𝒂 𝒆𝒎 𝒂𝒅𝒎𝒊𝒕𝒊𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒔𝒕𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒛𝒐 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒂𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒍𝒂𝒅𝒐. 𝑬𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐? 𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒔𝒆 𝒑𝒆𝒓𝒈𝒖𝒏𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂. 𝑬 𝒂 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂, 𝒃𝒆𝒎… 𝑬𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒆𝒍𝒆𝒔… 𝑷𝒐𝒊𝒔 𝒆́. 𝑸𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂𝒓 𝒂𝒄𝒓𝒆𝒅𝒊𝒕𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒐𝒖 𝒕𝒂̃𝒐 𝒗𝒖𝒍𝒏𝒆𝒓𝒂́𝒗𝒆𝒍 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒊𝒓𝒎𝒂̃𝒐 𝒊𝒏𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆 𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒏𝒕𝒖𝒂𝒓, 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒖𝒅𝒐, 𝒂𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒖𝒄𝒐𝒔 𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒎𝒆 𝒂𝒑𝒓𝒊𝒔𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒐𝒗𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒑𝒐𝒓 𝒖𝒎𝒂 𝒎𝒊́𝒔𝒆𝒓𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂̂𝒏𝒄𝒊𝒂.

      𝑽𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔. 𝑫𝒐 𝒍𝒂𝒕𝒊𝒎, “𝑽𝒂𝒄𝒖𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆, 𝑭𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆”. 𝑬𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒐𝒖 𝒖𝒎 𝒂𝒎𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒇𝒆𝒓𝒗𝒐𝒓𝒐𝒔𝒐 𝒅𝒂 𝒂𝒓𝒕𝒆, 𝒎𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒂𝒍 𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒕𝒆𝒎 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒉𝒂𝒗𝒆𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒈𝒐… “𝑽𝒂𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆” 𝒏𝒂̃𝒐 𝒏𝒆𝒄𝒆𝒔𝒔𝒂𝒓𝒊𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒐̃𝒆 𝒔𝒆𝒖 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒐𝒓𝒕𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐, 𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒊𝒎 𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒑𝒊́𝒓𝒊𝒕𝒐, 𝒂 𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒑𝒐𝒓 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓. 𝑨𝒓𝒔 𝑴𝒐𝒓𝒊𝒆𝒏𝒅𝒊. 𝑷𝒊𝒏𝒕𝒖𝒓𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔 𝒏𝒐 𝒆𝒔𝒕𝒊𝒍𝒐 𝒗𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒕𝒓𝒂𝒕𝒂𝒎 𝒂 𝒆𝒇𝒆𝒎𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂, 𝒅𝒂 𝒇𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒂𝒈𝒓𝒂𝒅𝒂𝒓 𝒆 𝒅𝒂 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒆𝒛𝒂 𝒅𝒂 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒆. 𝑬𝒖, 𝒅𝒆𝒇𝒊𝒏𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒇𝒂𝒄̧𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒔𝒂 𝒂𝒃𝒔𝒕𝒓𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐. 𝑵𝒂̃𝒐 𝒇𝒂𝒄̧𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒓𝒆𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆.

      𝑷𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒐 𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒓 𝒖𝒎𝒂 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒂𝒍𝒆́𝒎 𝒅𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒆𝒏𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒆𝒖𝒔 𝒑𝒓𝒐́𝒑𝒓𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒎𝒐̂𝒏𝒊𝒐𝒔, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒆𝒏𝒇𝒊𝒎, 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂𝒓 𝒄𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒂𝒔 𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒊𝒔 𝒔𝒆𝒎 𝒑𝒆𝒏𝒔𝒂𝒓 𝒆𝒎 𝒗𝒐𝒄𝒆̂. 𝑼𝒎 𝒕𝒐𝒓𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒎𝒂𝒓𝒂𝒗𝒊𝒍𝒉𝒐𝒔𝒐, 𝒏𝒐𝒔𝒕𝒂́𝒍𝒈𝒊𝒄𝒐 𝒆 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒊𝒈𝒐𝒔𝒐.

      𝑷𝒂𝒓𝒊𝒔. 𝑵𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒇𝒖𝒊 𝒕𝒂̃𝒐 𝒂𝒑𝒂𝒊𝒙𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒆𝒍𝒂 𝑪𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑳𝒖𝒛 𝒂𝒕𝒆́ 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂𝒓 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝑩𝒆𝒍𝒍𝒆 𝑬́𝒑𝒐𝒒𝒖𝒆. 𝑱𝒂́ 𝒕𝒆 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒆, 𝒏𝒂̃𝒐? 𝑬𝒖 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓 𝒉𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒓𝒆𝒗𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒐𝒔 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒍𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒊𝒔 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒎𝒆 𝒍𝒆𝒎𝒃𝒓𝒂 𝒕𝒂𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆𝒍𝒂. 𝑺𝒖𝒂 𝒃𝒆𝒍𝒆𝒛𝒂 𝒆́ 𝒊𝒏𝒅𝒆𝒔𝒄𝒓𝒊𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐… 𝑷𝒐𝒓 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒆 𝒆 𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒕𝒂̂𝒏𝒆𝒂 𝒗𝒐𝒏𝒕𝒂𝒅𝒆, 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒆́ 𝒐 𝒖́𝒏𝒊𝒄𝒐 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆𝒏𝒉𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒐 𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒓 𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍. 𝑻𝒐𝒅𝒂𝒗𝒊𝒂, 𝒔𝒊𝒏𝒕𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒆𝒙𝒂𝒕𝒐 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒏𝒆𝒎 𝒂𝒐 𝒎𝒆𝒏𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒊𝒈𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒓 𝒅𝒐 𝒑𝒓𝒆𝒇𝒂́𝒄𝒊𝒐. 𝑬𝒔𝒔𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒊𝒏𝒗𝒊𝒔𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒆́ 𝒄𝒓𝒖𝒆𝒍, 𝒅𝒐𝒍𝒐𝒓𝒐𝒔𝒂 𝒆 𝒊𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍.

      𝑵𝒂̃𝒐 𝒑𝒓𝒆𝒕𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 𝒕𝒂̃𝒐 𝒄𝒆𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒏𝒂𝒔 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂𝒔 𝒗𝒆𝒛𝒆𝒔. 𝑺𝒆𝒊𝒔 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒆́ 𝒖𝒎 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒂́𝒗𝒆𝒍 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐𝒔 𝒉𝒖𝒎𝒂𝒏𝒐𝒔, 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒐? 𝑽𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔, 𝒄𝒖𝒔𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒑𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏𝒆𝒄𝒆𝒓 𝒗𝒊𝒗𝒐 𝒂𝒕𝒆́ 𝒍𝒂́? 𝑮𝒐𝒔𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒓 𝒂 𝒇𝒆𝒍𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒕𝒆 𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒓 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛. 𝑨𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂𝒔, 𝒔𝒐́ 𝒕𝒆𝒏𝒉𝒐 𝒂 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒆𝒛𝒂 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒐𝒊𝒔𝒂: 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆𝒖𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒂𝒐 𝑫𝒐𝒖𝒕𝒐𝒓 𝒇𝒐𝒓𝒂𝒎 𝒐𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒃𝒆𝒍𝒐𝒔 𝒊𝒎𝒑𝒖𝒍𝒔𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒎𝒂𝒏𝒕𝒊𝒗𝒆𝒓𝒂𝒎 𝒂𝒒𝒖𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 𝒅𝒖𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒆𝒔𝒔𝒆𝒔 𝒂𝒏𝒐𝒔.

𝑹𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒕𝒖𝒆𝒖𝒙, 月浪 𝑺𝒉𝒊𝒏.

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Vanitas estendia os dois braços ao se espreguiçar, um momento antes de abrir a porta do quarto para acordar Noé. Ele notou a janela aberta, com as cortinas brancas ao vento e então, algo sobre o travesseiro, que calmamente pegou e olhou o envelope dos dois lado, procurando por algum nome, mas nada havia ali.

Ele abriu o envelope e precisou parar por alguns segundos admirar a letra toda bem feitinha e organizada que se parecia com algo que daria gosto de ler, mas não foi bem assim. O papel ganhou amassados nos lados pela forma que fora apertado entre as mãos enluvadas, e quanto mais os olhos desciam com a leitura, mais crispados ficavam seus lábios. E por um breve instante o doutor pensou em amassar tudo e, se pudesse encontrar o vampiro agora mesmo, o faria engolir essa droga.

Mas pior do que isso, como alguém que se odeia profundamente - não só por conta de sua personalidade, mas por ter nojo do próprio corpo que considera como sujo, por ter sangue da Vampira da Lua Azul injetado várias vezes seguidas em suas veias - poderia entender o motivo das pessoas gostarem de si? Como alguém consegue isso? É estranho, doloroso e o faz sentir tremores no corpo e nos lábios. Ele não sabe se é de raiva ou dessa merda de ansiedade que chegou junto com a carta.

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“ Como que pode ser tão miserável? ” Eu não tenho todo esse tempo de vida, Shin!

E a única coisa que desviou sua atenção fora o som de Noé caindo da cama, mas continuando dormindo no chão abraçado a um travesseiro, isso acabou  fazendo Vanitas assustar-se de leve, pelo quão imerso estava entre o texto e seus pensamentos enquanto ainda lia tudo aquilo, e agora que retornou a realidadade, estava se perguntando se algum dia iria conseguir digerir todas essas palavras.

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kagxra​:

Murmurou em pleno entendimento, no final das contas, nem ao menos queria saber o que de fato o outro fazia naquela data que insistia em ser lembrada todo santo ano, se não fosse por culpa de sua majestosa memória, as vitrines do comércio lhe martelavam constantemente que nunca voltaria a ter um relacionamento como o anterior.

Fora impossível não esboçar um largo sorriso com a suposição do doutor, como ele ousava a definir de uma maneira tão simplista o que realmente sentia? Negou com a cabeça inevitavelmente, parte por desacreditar que ele havia de fato chegado a esse ponto de deboche, e parte pela própria rejeição ao tentar nomear seus verdadeiros sentimentos. Que idiota… Pensou. Evitou virar o rosto para qualquer lado que fosse, Vanitas era cheiroso demais, como podia isso?

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Como você soa falsidade… Precisa melhorar ouviu? – Deixou um curto riso escapar de seus lábios pálidos. – “Se quiser aprender como mentir como um profissional, posso considerar te ensinar por um precinho ótimo… – Utilizou-se de um tom sarcástico, atrevendo-se a levar a mão esquerda até os fios escuros e longos do rapaz por breves segundos, acariciando lhes levemente. Continuou se esquivando de tentar mirar o rosto belíssimo, nunca estava realmente preparado para fitá-lo de tão perto.

“Na real o que eu faço de melhor é sumir, ninguém se importa de verdade, convenhamos… – Olhou para baixo a fim de estimar que a queda seria perfeita no telhado da sacada abaixo, talvez quebrasse algumas telhas, mas não estava nem ai. A vontade de permanecer próximo ao outro confundia ainda mais seus sentidos; por isso desvencilhou-se do humano com gentileza. E já que precisaria das duas mãos, levou o embrulho do presente recebido até a boca, a fim de não perdê-lo na trajetória. – Faleu Fani, té’ maish–! – Proferiu com dificuldade, se jogando da janela.

“ Meh, seu sem graça. Nunca me viu sendo falso, como pode dizer que sabe como me saio? ” Deu uma risadinha ao fim de sua fala, e enquanto tinha a mão do vampiro em seus cabelos, mesmo que por poucos segundos, sua bochecha fora roçada na do vampiro.

O doutor ainda tinha um sorriso nos lábios, mas dessa vez não era mais o sorriso de quem estava se divertindo com a situação, estava mais para algo que puxava para o incrédulo, o vampiro deduziu tudo isso ou é realmente o que Vanitas faz parecer? O semblante tornou-se uma careta no momento em que segurou no ombro do loiro, entreabrindo os lábios. Ele ia dizer alguma coisa, ou melhor, precisava dizer alguma coisa. Mas o quê? Iria somente negar? Shin acreditaria em alguma palavra sua?

E enquanto pensava, seu olhar tornou-se cada vez mais distante, esse foi um momento em que não sabia o que fazer. “ Você… Fala muita bobagem, né? ” Disse baixo, tornando a ficar reto atrás do vampiro. Aparentemente, ele não o ouviu, já que o mesmo saiu apressado, levando Vanitas a se segurar na janela e se debruçar ali, sequer conseguiu ver para onde o outro foi. “ Espera aí, Shin! ”

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“ Que… Que desgraçado. ”

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@wildrift​  ( sorry pelo surto; o shin é complicado e dramático eu sei... qq )

Um suspiro longo e cansado quebrou o silêncio acomodado no quarto luxuoso, já havia modificado a escrita diversas vezes e parecia que a cada vez que relia os parágrafos ainda faltava conteúdo para expressar-se de maneira verdadeira. O tórax chegava a doer ao reviver todos os sentimentos profundos e renegados ao lembrar da figura humana. No final das contas, após duas horas de muito esforço mental, acabou por excluir mais de cinco parágrafos.

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A iluminação arcaica e preferida para a ocasião apenas evocava uma sensação de que talvez, estivesse só perdendo tempo. A cera derretendo a cada devaneio encantador. “Por que é que sou assim?” Riu melancolicamente consigo mesmo, proferindo os pensamentos em voz alta. “É só uma carta de despedida... Não exagera.” Na última vez que revisou a versão definitiva precisou segurar as emoções. Agora, suas pretensões ficaram mais palpáveis. Só tinha de entregar a carta informal, e temia por não conseguir se desfazer do valioso presente que guardava com tanto carinho. No fundo, não conseguiria devolver o acessório ao verdadeiro dono, sabia que se o fizesse, poderia significar a ruptura absoluta da relação intrigante, e não era isso que desejava.

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As suas semanas em Paris estavam contadas, e é claro que deixou para escrever a carta de última hora. “Espero que você me perdoe por isso Vani...” Pretendia deixá-la no simples quarto de hotel do Doutor, e num local visível de preferência, talvez em cima do travesseiro. “Não sei porque fico tão nervoso só de te imaginar lendo... Ninguém se importa de verdade.” Disse para si mesmo a fim de recuperar os ânimos, dobrando a folha de gramatura diferenciada como o de costume e a guardando em um envelope totalmente em branco.

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𝑨̀ 𝑫𝒐𝒄𝒕𝒆𝒖𝒓 𝑽𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔.

      𝑻𝒂𝒍𝒗𝒆𝒛 𝒔𝒆𝒋𝒂 𝒖𝒎 𝒑𝒐𝒖𝒄𝒐 𝒊𝒏𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒆 𝒔𝒊𝒎𝒑𝒍𝒊𝒔𝒕𝒂 𝒅𝒆𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒅𝒂 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒓 𝒆𝒙𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒓 𝒆𝒔𝒔𝒆𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒂𝒑𝒆𝒏𝒂𝒔 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒕𝒂... 𝑫𝒆𝒄𝒆𝒓𝒕𝒐 𝒆𝒖 𝒆𝒔𝒕𝒆𝒋𝒂 𝒂𝒎𝒆𝒅𝒓𝒐𝒏𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒆𝒎 𝒆𝒏𝒇𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂𝒓 𝒐 𝑫𝒐𝒖𝒕𝒐𝒓 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂, 𝒐𝒖 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐, 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓-𝒍𝒉𝒆 𝒂𝒍𝒈𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒎𝒆 𝒑𝒆𝒓𝒕𝒆𝒏𝒄𝒆 𝒏𝒐 𝒄𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒐 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐. 𝑬𝒔𝒕𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒕𝒂 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒖𝒂 𝒗𝒆𝒛, 𝒆́ 𝒂 𝒖́𝒏𝒊𝒄𝒂 𝒂𝒍𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒂𝒋𝒖𝒅𝒂𝒓𝒂́ 𝒂 𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒂𝒏𝒈𝒖́𝒔𝒕𝒊𝒂𝒔.

      𝑵𝒂̃𝒐 𝒂𝒄𝒉𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒋𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒔𝒖𝒓𝒑𝒓𝒆𝒔𝒂 𝒆𝒎 𝒂𝒅𝒎𝒊𝒕𝒊𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒔𝒕𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒛𝒐 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒂𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒍𝒂𝒅𝒐. 𝑬𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐? 𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒔𝒆 𝒑𝒆𝒓𝒈𝒖𝒏𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂. 𝑬 𝒂 𝒓𝒆𝒔𝒑𝒐𝒔𝒕𝒂, 𝒃𝒆𝒎... 𝑬𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒆𝒍𝒆𝒔... 𝑷𝒐𝒊𝒔 𝒆́. 𝑸𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂𝒓 𝒂𝒄𝒓𝒆𝒅𝒊𝒕𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒐𝒖 𝒕𝒂̃𝒐 𝒗𝒖𝒍𝒏𝒆𝒓𝒂́𝒗𝒆𝒍 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒊𝒓𝒎𝒂̃𝒐 𝒊𝒏𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆 𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒏𝒕𝒖𝒂𝒓, 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒖𝒅𝒐, 𝒂𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒖𝒄𝒐𝒔 𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒎𝒆 𝒂𝒑𝒓𝒊𝒔𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒐𝒗𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒑𝒐𝒓 𝒖𝒎𝒂 𝒎𝒊́𝒔𝒆𝒓𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂̂𝒏𝒄𝒊𝒂.

      𝑽𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔. 𝑫𝒐 𝒍𝒂𝒕𝒊𝒎, “𝑽𝒂𝒄𝒖𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆, 𝑭𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆”. 𝑬𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒐𝒖 𝒖𝒎 𝒂𝒎𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒇𝒆𝒓𝒗𝒐𝒓𝒐𝒔𝒐 𝒅𝒂 𝒂𝒓𝒕𝒆, 𝒎𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒂𝒍 𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒕𝒆𝒎 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒉𝒂𝒗𝒆𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒈𝒐... “𝑽𝒂𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆” 𝒏𝒂̃𝒐 𝒏𝒆𝒄𝒆𝒔𝒔𝒂𝒓𝒊𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒐̃𝒆 𝒔𝒆𝒖 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒐𝒓𝒕𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐, 𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒊𝒎 𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒑𝒊́𝒓𝒊𝒕𝒐, 𝒂 𝒆𝒙𝒊𝒔𝒕𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒑𝒐𝒓 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓. 𝑨𝒓𝒔 𝑴𝒐𝒓𝒊𝒆𝒏𝒅𝒊. 𝑷𝒊𝒏𝒕𝒖𝒓𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔 𝒏𝒐 𝒆𝒔𝒕𝒊𝒍𝒐 𝒗𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔 𝒓𝒆𝒕𝒓𝒂𝒕𝒂𝒎 𝒂 𝒆𝒇𝒆𝒎𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂, 𝒅𝒂 𝒇𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒂𝒈𝒓𝒂𝒅𝒂𝒓 𝒆 𝒅𝒂 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒆𝒛𝒂 𝒅𝒂 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒆. 𝑬𝒖, 𝒅𝒆𝒇𝒊𝒏𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒇𝒂𝒄̧𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒔𝒂 𝒂𝒃𝒔𝒕𝒓𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐. 𝑵𝒂̃𝒐 𝒇𝒂𝒄̧𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒓𝒆𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆.

      𝑷𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒐 𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒓 𝒖𝒎𝒂 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒂𝒍𝒆́𝒎 𝒅𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒆𝒏𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒎𝒆𝒖𝒔 𝒑𝒓𝒐́𝒑𝒓𝒊𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒎𝒐̂𝒏𝒊𝒐𝒔, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒆𝒏𝒇𝒊𝒎, 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂𝒓 𝒄𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒂𝒔 𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒊𝒔 𝒔𝒆𝒎 𝒑𝒆𝒏𝒔𝒂𝒓 𝒆𝒎 𝒗𝒐𝒄𝒆̂. 𝑼𝒎 𝒕𝒐𝒓𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒎𝒂𝒓𝒂𝒗𝒊𝒍𝒉𝒐𝒔𝒐, 𝒏𝒐𝒔𝒕𝒂́𝒍𝒈𝒊𝒄𝒐 𝒆 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒊𝒈𝒐𝒔𝒐.

      𝑷𝒂𝒓𝒊𝒔. 𝑵𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒇𝒖𝒊 𝒕𝒂̃𝒐 𝒂𝒑𝒂𝒊𝒙𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒆𝒍𝒂 𝑪𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑳𝒖𝒛 𝒂𝒕𝒆́ 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂𝒓 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝑩𝒆𝒍𝒍𝒆 𝑬́𝒑𝒐𝒒𝒖𝒆. 𝑱𝒂́ 𝒕𝒆 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒆, 𝒏𝒂̃𝒐? 𝑬𝒖 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒓 𝒉𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒅𝒆𝒔𝒄𝒓𝒆𝒗𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒐𝒔 𝒎𝒐𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒍𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒊𝒔 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒎𝒆 𝒍𝒆𝒎𝒃𝒓𝒂 𝒕𝒂𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆𝒍𝒂. 𝑺𝒖𝒂 𝒃𝒆𝒍𝒆𝒛𝒂 𝒆́ 𝒊𝒏𝒅𝒆𝒔𝒄𝒓𝒊𝒕𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒆 𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐... 𝑷𝒐𝒓 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒆 𝒆 𝒆𝒔𝒑𝒐𝒏𝒕𝒂̂𝒏𝒆𝒂 𝒗𝒐𝒏𝒕𝒂𝒅𝒆, 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒆́ 𝒐 𝒖́𝒏𝒊𝒄𝒐 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆𝒏𝒉𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒐 𝒅𝒆 𝒍𝒆𝒓 𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍. 𝑻𝒐𝒅𝒂𝒗𝒊𝒂, 𝒔𝒊𝒏𝒕𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒆𝒙𝒂𝒕𝒐 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒏𝒆𝒎 𝒂𝒐 𝒎𝒆𝒏𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒊𝒈𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒓 𝒅𝒐 𝒑𝒓𝒆𝒇𝒂́𝒄𝒊𝒐. 𝑬𝒔𝒔𝒂 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒊𝒏𝒗𝒊𝒔𝒊́𝒗𝒆𝒍 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒆́ 𝒄𝒓𝒖𝒆𝒍, 𝒅𝒐𝒍𝒐𝒓𝒐𝒔𝒂 𝒆 𝒊𝒏𝒆𝒗𝒊𝒕𝒂́𝒗𝒆𝒍.

      𝑵𝒂̃𝒐 𝒑𝒓𝒆𝒕𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 𝒕𝒂̃𝒐 𝒄𝒆𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒏𝒂𝒔 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂𝒔 𝒗𝒆𝒛𝒆𝒔. 𝑺𝒆𝒊𝒔 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒆́ 𝒖𝒎 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒂́𝒗𝒆𝒍 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐𝒔 𝒉𝒖𝒎𝒂𝒏𝒐𝒔, 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒐? 𝑽𝒂𝒏𝒊𝒕𝒂𝒔, 𝒄𝒖𝒔𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒑𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏𝒆𝒄𝒆𝒓 𝒗𝒊𝒗𝒐 𝒂𝒕𝒆́ 𝒍𝒂́? 𝑮𝒐𝒔𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒓 𝒂 𝒇𝒆𝒍𝒊𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒕𝒆 𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒓 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒆𝒛. 𝑨𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂𝒔, 𝒔𝒐́ 𝒕𝒆𝒏𝒉𝒐 𝒂 𝒄𝒆𝒓𝒕𝒆𝒛𝒂 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒐𝒊𝒔𝒂: 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆𝒖𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒂𝒐 𝑫𝒐𝒖𝒕𝒐𝒓 𝒇𝒐𝒓𝒂𝒎 𝒐𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒃𝒆𝒍𝒐𝒔 𝒊𝒎𝒑𝒖𝒍𝒔𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒎𝒂𝒏𝒕𝒊𝒗𝒆𝒓𝒂𝒎 𝒂𝒒𝒖𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐 𝒅𝒖𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒆𝒔𝒔𝒆𝒔 𝒂𝒏𝒐𝒔.

𝑹𝒆𝒔𝒑𝒆𝒄𝒕𝒖𝒆𝒖𝒙, 月浪 𝑺𝒉𝒊𝒏.

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 Ficou mais corado com as reações do namorado, mesmo sendo fofas, não era bem a reação que esperava. A negação saiu de forma inesperada, afinal, não queria recusar de fato, só não havia se preparado para tal abordagem. Mesmo sendo tímido, a mente de Mafuyu havia se prendido nos desejos que sentia com a companhia de cabelos tingidos. Levou mais um pedaço do doce, mas dessa vez, para a própria boca, murmurando em aprovação, de longe, aquela torta era uma de suas favoritas. – “E-está ótimo… Muito obrigado, Yuki!” – colocou o prato sobre a mesinha atrás de si, envolvendo o corpo abaixo de si com ambos os braços em um abraço apertado. Afundou o rosto nos cabelos curtos e loiros, esfregando-se carinhosamente na região, o aroma tomando agradável. – “E-eu não estou dizendo o que você quer… Eu quero também, só não estava e-esperando que você falasse isso agora…” – a voz era contida e baixa, porém com um tom meigo. – “M-mas… Yuki… quando quiser… e-eu e-estou pro-pronto…” – o nervosismo para anunciar o sinal verde era tão grande que estava se enrolando nas próprias palavras. Por sorte estava com o rosto escondido, pois pelo calor que sentia na área, estava completamente vermelho.
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 Se afastou minimamente para poder observar as movimentações do parceiro, optando por pegar um bombom para si também. O chocolate estava tão bom quanto das últimas vezes em que desfrutaram dele, nunca deixava de ser incrível, aquela doceria era realmente muito boa. – “Uhum… Os bombons também são uma delícia…” – comentou de boca cheia, a palma direita tampando os lábios enquanto proferia. Os olhos brilharam mais uma vez apaixonado, puxando-o novamente para os seus braços, movendo o quadril inocentemente apenas para se ajeitar melhor e conseguir abraçá-lo mais confortável. – “Eu amo sair com você, Yuki.” – confirmou antes mesmo de ouvir o lugar proposto, afinal, iria para qualquer lugar onde Yuki o convidasse. – “Eu nunca fui lá antes… eu acho…” – comentou pensativo, o tom de voz beirando ao neutro, indicando que entraria em um devaneio para tentar buscar em sua memória o estabelecimento mencionado, ficando em silêncio por alguns minutos. – “… Acho que nunca fui mesmo, adoraria que você me levasse… meu amor.” – concluiu por fim.

Fitou o ruivo incrédulo, como é que ele conseguia seguir com o assunto depois de ter literalmente jogado essa bomba? Sentiu a boca secar um pouco, ao passo que as mãos se tornaram mais frias devido ao rumo do assunto um tanto quanto inusitado. Notou a coloração alterada no rosto do ruivo, enfatizando ainda mais a veracidade daquela confissão. Não achou que ficaria nervoso quando o momento finalmente chegasse; esperava tanto por esse dia que se viu um tanto desprevenido mentalmente. É claro que de uma forma ou de outra acabava incentivando o outro de sua própria maneira, fosse com perguntas mais diretas ou brincadeiras com segundas intenções. Já haviam passado mais de seis meses juntos, e sinceramente, tinha muita curiosidade em saber qual era o motivo de Mafuyu chegar nessa conclusão justo agora; suspirou fundo, notando as batidas do coração aumentarem conforme refletia sobre o assunto. O tom fraco das palavras lhe remetiam uma insegurança que não queria para aquela ocasião. Fechou os olhos momentaneamente, ao passo que mordeu o lábio inferior discretamente enquanto ele não o olhava.

As orbes encantadas acompanharam as expressões do outro quando fora possível, se impressionando com a maneira que Mafuyu tentava se desvencilhar do assunto em questão. Ou seria apenas coisa da sua cabeça? Retribuiu o abraço na mesma intensidade, o corpo quente rente ao seu fazendo-o delirar com a figura adorável e tão amada. O sorriso jovial acompanhando o semblante contemplativa do ruivo. – T-Tudo bem... Combinado então. Mas... Sobre estar preparado...– Acabou por rir um tanto constrangido. – É sério...? – Teve de reforçar a pergunta. – Você dormiria comigo hoje? – Indagou com certo receio apesar de não deixar explícito no seu tom de voz.

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