Juristas e autoridades alemãs dizem que Sergio Moro tem lado político e condenou Lula sem provas
Abaixo o Juiz Sergio Moro se divertindo com os maiores adversários de Lula que não quer saber de investigar
Em evento em Berlim com a presença de Dilma, Herta Däubler-Gmelin, que comandou Ministério alemão da Justiça, reforça necessidade de independência do Judiciário e afirma que nenhum país do mundo está livre da corrupção.Em um debate sobre o Brasil na Universidade Livre de Berlim, que contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff, a ex-ministra alemã da Justiça Herta Däubler-Gmelin abordou nesta terça-feira (14/11) o papel da Justiça no combate à corrupção no Brasil, questionando uma politização da instituição.
“No Brasil, existem leis para combater a corrupção. Mas a transparência também é necessária para isso, além de uma imprensa independente, pluralista e controlada. Por fim, a Justiça precisa ser independente, precisa se posicionar contra qualquer suspeita de corrupção”, afirmou Däubler-Gmelin.
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A advogada, que esteve à frente do Ministério da Justiça alemão entre 1998 e 2002, destacou os impactos da corrupção, que, segundo ela, encarece investimentos e desvia recursos necessários para manutenção da sociedade. Ela afirmou que nenhum país do mundo está livre do problema.
“Na Alemanha, também há casos de corrupção, mas são individuais e costumam ser tratados como escândalos públicos. São rapidamente investigados e punidos. A Justiça age com muito cuidado e independentemente”, afirmou Däubler-Gmelin, que foi deputada federal por mais de 30 anos pelo Partido Social-Democrata (SPD) e hoje é professora na Universidade Livre de Berlim.
Däubler-Gmelin afirmou que o sucesso do combate à corrupção exige o desejo claro da sociedade e de governos de que a prática não seja tolerada. Ela elogiou as medidas anticorrupção dos governos petistas.
Em sua fala no evento em Berlim, Dilma também destacou as medidas anticorrupção promovidas pelos governos do PT – como a Lei da Transparência, que obriga estados, municípios e União a divulgar seus gastos, e a Lei das Organizações Criminosas, que abrange também crimes de corrupção.
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“Não se combate corrupção sem vontade política, instituições e leis”, disse a ex-presidente. “Fortalecemos a Polícia Federal e nossa relação com o Ministério Público. Aceitamos que o órgão indicasse por eleição os nomes para Procurador-Geral da República (PGR) e escolhíamos o mais votado. Essa questão é hoje controversa”, completou Dilma, aproveitando para alfinetar Michel Temer.
(…)
Condenação de Lula
No evento em Berlim, Däubler-Gmelin questionou o processo que levou à condenação de Lula. “Há, com certeza, dúvidas sobre a imparcialidade do processo e a independência da Justiça”, afirmou e ex-ministra alemã.
Em julho deste ano, o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-presidente a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.
“O caso [de Lula] mostra como pode ser prejudicial quando a Justiça emprega a politização e não métodos jurídicos do Estado de Direito, e se preocupa mais em derrubar adversários políticos para proteger o seu interesse de poder”, afirmou Däubler-Gmelin.
O evento sobre a situação política e judiciária brasileira que reuniu Dilma e ex-ministra alemã foi organizado pela Fundação Friedrich Ebert, ligado ao Partido Social-Democrata (SPD), e pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Livre de Berlim.
Além de estudantes, brasileiros de várias cidades da Alemanha foram à capital para assistir à palestra da ex-presidente. As inscrições para o evento se esgotaram três dias após a sua divulgação.
Via Deustche Welle
Source: falandoverdades.com.br