vilões como protagonistas

Antes de tudo, essa matéria trata de vilões como protagonistas, e não de anti-heróis. Tenho uma matéria sobre heróis e anti-heróis aqui.

Vilões são aqueles personagens (geralmente antagonistas, isso é, que se opõe ao herói/protagonista) que são decididamente ruins. Eles não são pessoas boas fazendo coisas ruins ou pessoas boas tentando fazer algo bom por métodos ruins. Sabe aquele vilão desprezível ou maléfico? Esse mesmo.

Uma das coisas que mais se vê sendo dita por aí é que protagonistas devem ser “gostáveis”, ou seja, tem que haver algo sobre eles que faz o leitor querer continuar lendo/querer que eles não se ferrem. Outras pessoas, porém, já dizem que protagonistas têm que ser interessantes e não “gostáveis”, já que (segundo elas) os leitores acompanhariam a história de um protagonista que eles não gostam desde que ele seja interessante o suficiente. Com vilões, obviamente, a coisa fica um tanto mais complicada. Seu protagonista-vilão não é uma boa pessoa. Na verdade, ele é terrível. Como fazer as pessoas lerem sua história então?

Primeiro, você tem que se conformar com a ideia de que algumas pessoas não vão terminar seu livro. Tem gente (tipo eu, confesso) que não curte acompanhar pessoas ruins/sem morais por sabe-se lá quantas páginas. Isso não é algo que você pode mudar, já que vem do próprio leitor. Você pode tentar mitigar isso, claro, ao, por exemplo, adicionar mais personagens POV na sua história. Desse modo os leitores que não gostam mesmo de acompanhar personagens ruins terão outros personagens para “aliviar” a presença do seu vilão-protagonista.

Se seu protagonista-vilão irá morrer/se redimir no fim da história, é uma boa deixar isso implícito no início do livro também. Assim o leitor irá saber que está acompanhando um personagem em rumo a redenção e por isso fará vista grossa à algumas coisas. Obviamente, isso só funciona se seu protagonista-vilão “perder” no final. Se isso não for o que você tem planejado para a história, não se preocupe; seu livro ainda encontrá leitores naquelas outras pessoas - aquelas que não se importam se o protagonista é um literal babaca desde que ele seja interessante. Logo, você tem que garantir seu protagonista-vilão o seja.

Um dos modos mais fáceis de fazer isso é apelar para a originalidade. Vilões originais - quando bem escritos - são interessantes automaticamente, mas, claro, não tem como ser 100% original com nada mais hoje em dia. A sacada, portanto, é tentar dar uma nova cara para arquétipos/tropes antigas e assim conquistar seu leitor.

Não posso te dizer como fazer isso, mas uma boa dica é se aprofundar de verdade na personalidade do personagem e tentar deletar os clichés de sua história. Exemplo: pensou em algo para seu vilão? Discarte/coloca a ideia de lado e procure outra coisa. Geralmente as primeiras coisas que pensamos para um personagem (ou para uma história) são clichés justamente por causa das 131321 coisas parecidas que já vimos/lemos. Para arranjar algo original é preciso tentar um pouco mais mesmo.

Outra coisa que é bom lembrar é que muitas vezes, apesar de odiarmos vilões, nós os admiramos por algumas coisas. Se seu vilão for muito inteligente, por exemplo, ou souber sempre quando alguém está mentindo ou qualquer outra coisa impressionante, seu leitor provavelmente ficará mais interessado nele. Se o vilão tiver um medo muito grande (de qualquer coisa, sério), isso também chamará mais atenção. Seu vilão tem que ser diferente, único, então é bom lembrar que ele também é humano. Isso não quer dizer que ele precisa ter um lado bom, veja bem, mas sim que ele precisa ter defeitos, qualidades, ambições/sonhos, medos, etc, etc, etc.

Em outras palavras, é o modo de pensar de seu vilão, sua mente, que conquistará o leitor. É esse fascínio que faz com que os leitores se mantenham grudados no livro - afinal de contas, o vilão pode ser uma pessoa horrível, mas ele é uma pessoa horrível fascinante. Humanize seu vilão e tente arranjar características que impressionam e suas chances de escrever um livro com protagonista vilão inesquecível aumentam bastante.

Uma última coisa: não se esqueça dos seus outros personagens. Seu livro com um vilão-protagonista provavelmente dependerá bastante de sua personalidade, mas isso não quer dizer que os outros personagens não importam. Muito pelo contrário - um vilão só é um vilão bom quando vemos o que ele pode fazer e a quem ele pode fazer. Quanto mais vemos o quão poderoso e esperto o vilão é, quanto mais vemos como os planos dele funcionam e as pessoas que (provavelmente) são afetadas por esses planos, é que acabamos interessados no personagem. Lembre-se de fazer do seu vilão um vilão minimamente eficiente.

Bem, é isso. Espero que tenha ajudado e qualquer coisa é só mandar uma ask ^^

personagens #04 - vilões

Como dito na matéria anterior, os vilões se diferem dos antagonistas por serem ruins como pessoas, e não somente por estarem do lado errado da história. Vilões são mesquinhos, vaidosos, gananciosos, egoístas e manipuladores, o que não impede de outros personagens (como o já citado antagonista) de o serem também.

A primeira “regra” é simples: vilões devem ser temidos e/ou odiados.

Keep reading

Precisa de um nome urgente para um personagem que vai aparecer uma vez na história? Ou de repente seu personagem está em uma rua e ela precisa de um nome? Pois os seus, os meus, os nossos problemas acabaram. Desde que eu descobri a facilidade dos geradores de nomes online, eles se tornaram aquele braço direito na hora do desespero (e as vezes nem tanto do desespero, só pela necessidade mesmo). E é um pouco espantoso a quantidade de geradores e principalmente com tantas funções, até para calendário temos.

Com o tempo fui colecionando alguns sites que estão aí para facilitar nossas vidas de escritores, então abaixo você pode conferir uma lista com os sites que conheço e uso: 

Planeje a sua história

Links úteis para planejar uma narrativa

Ficha para personagens

Mostre os Personagens aos Leitores Dê aos leitores a chance de “viver” a aventura, romance ou thriller. Evite contar aos leitores como um personagem se sente ou o que ele pensa. Use os sentidos. Leitores são pessoas inteligentes, então evite contar após mostrar. Eles serão capazes de descobrir algo se a escrita é forte e ativa. 

Estatísticas Vitais

• Nome 

• Apelido 

• Razões para o nome (se houver alguma) 

• Idade 

• Gênero 

• Nacionalidade

 • Incapacidades (se houver alguma) 

• Usa óculos ou lentes de contato? 

Aparência Física 

• Altura 

• Constituição 

• Peso 

• Cor da pele 

• Cor do cabelo 

• Qualidade do cabelo 

• Estilo de cabelo usual 

• Cor dos olhos 

• Feições faciais 

• Traços característicos 

• Cicatrizes/marcas de nascença (se houver alguma) 

• Saúde geral 

• Estilo de vestimenta 

• Arrumação

 Infância 

• Local de nascimento 

• Estilo/ocupação/atitude dos cuidados do pai 

 • Estilo/ocupação/atitude dos cuidados da mãe 

• Se não possui pais, por que isso?

 • Irmãos (se houver algum) 

• Relacionamento com os membros da família 

• Rixas na família (se houver alguma) 

• Situação financeira 

• Memória mais feliz 

• Traumas de infância 

• Eventos da infância que ainda o/a afetam 

Detalhes Biográficos

• Educação 

• Histórico ocupacional 

• Sucessos/realizações 

• Fracassos 

• Obstáculos na vida (uma inabilidade ou cometimentos familiares) 

• Habilidades especiais (se houver alguma) 

• Dons/talentos 

• Histórico geográfico (moradia fora do país etc.) 

Vida Pessoal 

• Relacionamentos passados importantes 

• Casamentos/divórcios (se houver algum) 

• Orientação sexual 

• Por que os relacionamentos acabaram? 

• Qualquer tema recorrente 

• Convicções passadas (se houver alguma) 

• Hobbies 

• Comida/bebida favorita 

• Coisas que o/a assombram com frequência 

• Filosofia de vida (despreocupado, cauteloso?) Por quê? 

• Religião (se possuir alguma) 

Situação Atual 

• Estado civil 

• Qualidade do casamento/sociedade 

 • Questões no casamento/sociedade (infidelidades?)

 • Filhos/dependentes

 • Nome, idade, gênero das crianças/dependentes 

• Relacionamento com as crianças/dependentes 

• Ocupação 

• Ele/ela é feliz nessa ocupação? Se não, por quê? 

• O que ele/ela preferia estar fazendo?

 • Relacionamento com colegas de trabalho

 • Questões no trabalho (se houver alguma) 

• Situação financeira 

• Qualidade da vida em casa 

• Rotina diária típica 

• Tipo de carro que dirige 

Vida Secreta 

• Fobias 

• Qual é a pior coisa que poderia acontecer com ele/ela? 

• Qual é a melhor coisa que poderia acontecer com ele/ela? 

• Vícios (álcool, jogo etc.) 

• Detalhe pessoal do qual mais se envergonha 

• O que ele/ela mais gostaria de mudar em si mesmo/a? Por quê? 

• O que ele/ela mais quer da vida 

• Metas pessoais 

• Forças pessoais 

• Fraquezas pessoais 

• Transgressões sexuais (se houver alguma) 

• Compulsões (se houver alguma) 

• Obsessões (se houver alguma)

Como Planejar Capítulos

Planejar um capítulo antes de escrevê-lo é importante para não se perder em um texto cheio de encheção de linguiça, pois você terá uma noção melhor das coisas que deve realmente abordar. Nessa etapa você deverá ter em mente o precisa exatamente naquele texto, as coisas que tem para desvendar ou inserir algo novo.

Quando se constrói um capítulo é fundamental ter em mente qual será o ponto alto dele, esse é o elemento surpresa para que seus leitores tenham gás para prosseguir a leitura. Só começo a escrever um capítulo, assim que sei a cena “bomba” dele, e depois vou traçando as cenas ao redor, que também podem ser revolucionárias, revelar alguma coisa ou mostrar novas.

Tente, em todos os sentidos da palavra, não pôr trechos bobos que não vão mudar em nada a história. São consideradas cenas fúteis aquelas em que há diálogos bestas — uma conversa jogada fora entre amigos —, divagações na narração — isso só serve para confundir a cabeça do seu leitor, pois, quando o personagem voltar à narração “normal”, o leitor não vai mais saber sobre o que se tratava o assunto — ou, simplesmente, ações que em nada irá interferir a cena.

Sim, é impossível não ter esse tipo de coisa em um capítulo, até porque, às vezes você precisa de “tapa buracos” de uma cena para outra, e aí eles caem como uma luva. Agora não me venha com um capítulo de dez páginas, no qual só duas contém algo realmente significante, e o restante é sobre aquele jogo de futebol que ocorreu ontem à noite. Isso é lixeira certa.

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— Rayanne Pinto. 

valorizar-se,

é entender que antes de  tu ele  nós  vós  eles Vem eu. 

— Devaneios de Eliott Ross.

o amor morre. depois de meses lutando para aceitar o fim de um, eu concluí que ele morre sim. quando a gente ama uma pessoa de verdade, o sentimento bate tão forte que achamos que nunca vamos deixar de ama-la. mas eu sou a prova viva de que o amor morre. sou sim. depois de muitas idas e vindas, de tantas mensagem de desculpas, dos meses de abandono. depois das promessas que não foram cumpridas e dos planos que não realizamos, eu descobri que o amor morre. eu disse que sempre estaria ali para você mas estou voltando atrás. lutei até o último segundo só para provar que se eu desistisse, não era amor. mas se eu insistisse em algo que não me fazia mais bem, eu estaria me abandonando. e você não valia esse sacrifício (ninguém vale). por isso que eu afirmo com tanta certeza que um dia, em algum momento, o amor vai morrer. o nosso foi lapidado mas em controversa, surgiu outro. ainda mais forte, ainda mais intenso, ainda mais completo. nasceu o meu amor próprio.

céu de júpiter e versificar: alguns amores morrem para que outros possam nascer.

todas as vezes que senti o mundo pesar e as muralhas caírem, você esteve aqui ao meu lado segurando minhas mãos, à uma mensagem de distância.

[algumas horas, eu não sei o que faria se não tivesse você]

ally brücken.

— Charles Bukowski.