psycho killer

I can’t tell anyone. I’m not anyone. I’m me. You can tell me anything.

faz tempo que não entro nesse blog, mas agora que o fogo da minha indignação se reacendeu novamente, vim dar uma checada aqui e uma certa ask na inbox me fez pensar sobre um assunto que achei pertinente. não é novidade pra ninguém, a gente anda falando muito no caso trágico da rp br em que rps flopam em menos de uma semana, tem mais pesquisa do que rp de verdade na tag (porque, adivinha, todo mundo têm medo de lançar um rp nessa tag e todo o seu trabalho ir pro lixo) e todo mundo quer dar uma opinião sobre qual rp é duradouro ou não e o que se fazer pra evitar o temido flop.

claro, que acima de tudo, a situação da rp br têm muito a ver simplesmente com o fato de que a maioria de nós não tem mais quinze anos e não tem mais tempo pra se dedicar a rpg como costumava. mas essa falta de rpgs que dão certo, e a super complicação de rpg que andou rolando circa 2016 ou tanto faz; centrais super elaboradas, formatação e html que espanta novos players, porque vamos ser sinceros: é MUITO difícil aprender a jogar rpg do zero hoje em dia e a maioria de nós estamos aqui faz muito mais tempo. e no entanto, vejo gente ainda insistindo em bater na tecla de que o problema são plots muito complexos, temáticas recicladas, ou do outro lado, gente falando que o que mata é na verdade a falta de criatividade: o que na minha opinião, não é nem um pouco verdade. o problema não está no básico plot de colégio, de harry potter ou o que quer seja que vocês tanto reclamam, pois todo mundo que andou por essa tag por algum tempo sabe que houve uma época em que esses plots coexistiram perfeitamente bem. não é só uma temática que faz um rp ou as admins que vocês esperam que puxem sua orelha pra te obrigar a jogar.

eu defendo, sim, que não existem temas inválidos, que o rp de rich kids ou de harry potter, ou um super elaborado never seen before deva parar de existir porque você quer culpar a sua falta de interesse em outra pessoa. mas também acho que existem certos formatos de rp que não funcionam mais nessa tag e que ninguém quer falar sobre. a maioria dos rps que anda durando ultimamente, são, pasmem, rps sem limites de vaga: claro que há um mérito dos players e obviamente da moderação, mas não vamos negar, parece que nada impulsiona um player a jogar se não for ver OUTRAS pessoas na dash pra te lembrar que o jogo tá rolando. e isso geralmente não é viável em rps de oito, dez personagens. vocês vêm uma dash vazia, ficam com preguiça, e somem. desculpe, mas é a verdade. nem os plots cuidadosamente edificados que vocês desenvolvem antes da famigerada abertura os estimulam a ficar. e o que a gente não gosta de falar, ou pelo menos, eu nunca vi ninguém falar, é que a gente se perdeu um pouco nesse negócio de combinar tudo previamente.

rps com muitos players duram, mas nunca sem milhares de acusação de cima e baixo que tem panelinha, enquanto outros juram com unhas e dentes que é o lugar mais receptivo da face da terra. são opiniões muito diferentes, e sinceramente? na maioria dos casos, é tudo questão de ponto de vista. a questão é que você tem rps enormes, divididos em seus próprios subplots entre os personagens, que nem um monte de núcleos totalmente desconexos de uma novela do walcyr carrasco. as vezes nem é mau caratismo do player que ele não tenha dado atenção ao seu char: a verdade é que ele ta procurando alguém que se encaixe no seus plots limitados, o ex namorado ou o amigo com benefícios, e as vezes seu char simplesmente doesn’t make the cut. não é como nos rps antigos, que ninguém se conhecia, e pra desenvolver qualquer tipo de relação você era OBRIGADO a conhecer o muse alheio. e vocês não percebem que é muito mais fácil criar vínculos com uma comunidade e com os outros players dessa maneira. sempre vai haver afinidade, é claro, mas o núcleo era um só. a gente perdeu isso faz algum tempo, e por isso é tão fácil pra gente abandonar essas comunidades porque a gente se diverte mais com conceitualização do personagem e toda relação de vida dele do que realmente jogando.

enfim, esse post não tem intenção de ditar pra ninguém como criar suas centrais nem como jogar rp, nem ofender o anon que me mandou a ask (eu super entendo a linha de pensamento, de verdade!) mas queria fazer esse desabafo e quem sabe essa seja uma reflexão interessante pra quem está por aí dando uma olhadinha na tag.

Jumanji: Welcome to the Jungle (2017) Directed by Jake Kasdan

Jumanji: Welcome to the Jungle (2017) Directed by Jake Kasdan

madelaine   petsch   &   bill   skarsgård   gif   manip   set.

sunflower, my eyes want you more than a melody.

Richard Madden

Photo by Tony Kim