Se não fosse tão idiota ao ponto de não ter prestado atenção a isso, quem sabe eu poderia ter tido mais sorte no que toda ao amor. - Ele brincou, rindo com aquilo. - Você fica com os seus animais marinhos e eu fico sozinho com os meus animais exóticos, de estimação ou selvagens. - O moreno deu de ombros e negou com a cabeça com o que a mesma falara. - Ela vai ficar bem, não deixou de ser um acidente, mas acho que para mim foi mais um susto. Sim, agora estou por aqui temporariamente até ela melhorar um pouco mais, depois voltarei a New York, mas tentarei vir para aqui mais vezes. - Ambos logo adentraram o local enquanto Sean observava o tal estabelecimento Vegan.

“Agora nunca vai saber, porque todo o crush que eu tinha nos seus olhos passou depois de tanto tempo longe da sua pessoa.” Era divertido poder brincar com Sean novamente, ela sentia falta do amigo e de tê-lo por perto. “Ainda acho que meus animais marinhos são muito mais divertidos do que os seu exóticos.” brincou com ele, movendo os ombros levemente, enquanto levava as mãos aos cabelos loiros, rindo baixo. “Isso é bom, logo ela vai poder voltar para casa. Então, quer dizer que logo mais você volta para a grande e cheia de poluição sonora e visual chamada de NY? Isso é uma pena, achei que ficaria por mais tempo.” 

Eu realmente não sabia disso, está-me falando uma novidade, mas também não é como se eu não me surpreendesse com o fato de não ter dado conta, às vezes eu não percebo coisas óbvias, tipo como esse caso. - Ele gargalhou com aquilo e assentiu. - Assim sim, já combina muito mais comigo. Cuidando do Aquário…pois é! Você é Bióloga! Tenho que visitar o aquário então. Sobretudo por New York, trabalhando e estudando e tentando ter um pouco de vida social, mas agora estou de volta aqui porque a minha irmã teve um acidente.

Isso é o que dá não prestar atenção nas coisas, perdeu a chance de namorar esse belíssima e loira pessoa que vos fala, precisa começar a ficar ligado nessas coisas Sean, ou vai acabar sozinho assim como eu, mas ao menos no final do dia eu tenho meus animais marinhos apra me fazerem companhia. - Charlie moveu os ombros ainda rindo de toda aquela situação, realmente sentia falta do amigo. - Isso mesmo, Charlie Bióloga Mello, essa sou eu, quando quiser, o lugar está incrível. Eu fiquei sabendo do acidente, ainda não consegui visita-la, mas não como se a Ella tivesse gostado muito de mim algum dia, de qualquer maneira, precisa passar pelos Hamptons mais vezes. 

Sean sorriu largamente com aquilo e retribuiu o abraço à loira. - Antigo crush de belos olhos? Estou lisonjeado. - Piscou para ela e começou a andar com a mesma, seguindo até ao local onde a mesma indicaria para ambos irem. - Há quanto tempo Charlie…como é que você está?

O que? Vai me dizer que você não sabia disso? - revirou os olhos rindo enquanto balançava a cabeça. - Vou até ter que mudar a frase depois dessa: “Antigo crush de belos olhos e devagar quase parando.” É, acho que ficou bem melhor. - brincou empurrando de leve ombro dele enquanto andavam. - Faz muito tempo mesmo. Eu estou bem, cuidando do aquário da cidade e ocasionalmente causando uma confusão aqui e ali. E você, por onde andou?

Sean olhou para a jovem, demorando um pouco até realmente se lembrar dela, mas logo abriu um sorriso no rosto ao reconhecê-la. - Charlotte? Desculpe, eu realmente não te estava reconhecendo, mas foi rápido até me lembrar. - Vamos até à cafetaria, eu te pago um lanche para compensar, que tal?

“E ele acertou! Ganhou o prêmio de ter a minha companhia durante toda a tarde.” Charlie brincou batendo palmas e dando um pequeno abraço desajeitado no amigo. “O seu prêmio é me pagar um lanche mesmo, ainda bem que acertou, gosto assim. Vamos antigo crush de belos olhos, eu te pago um café.” acenou com a cabeça, começando a andar esperando que ele a seguisse. 

- Charlotte. Um nome bonito. O meu é tão estranho. - O homem sorriu, caminhando com ela pela areia. A praia, realmente, estava excessivamente suja, naquele momento. Yesh se livrou de tudo que havia recolhido, antes de retornar para pegar mais alguns sacos. - Será que há algum ponto de coleta seletiva, aqui? Na prisão nós fazíamos reciclagem. Eu aprendi lá dentro. Na verdade, era quase uma empresa autossuficiente. 

“O seu nome é diferente, essa é a graça.” - moveu os ombros, se ajoelhando no chão separando as garrafas, já tendo diversas ideias do que poderia ser feito com elas, as possibilidades eram infinitas. - “Até onde eu sei não, tem um perto do Zoo, mas eu não sei o que exatamente acontece depois que eles recolhem, está na minha lista de coisas para verificar, mas ainda não tive tempo.” - balançou a cabeça na negativa, ajeitando as garrafas para que pudesse leva-la. - “Isso é um tanto interessante, talvez grandes empresas devessem aprender um pouco com isso.” 

Yesholl abriu um sorriso mínimo. Pelo menos ela não parecia preocupada. Aquilo era mais do que ele estava acostumado a receber, quando comentava que havia sido preso. - Nada é tão difícil que não possa ser feito com trabalho duro e força de vontade. - Ele comentou, tranquilamente. - Yesholl. Prazer. - Ela parecia jovem. Devia ser uma criança pequena, quando ele fora preso. Yesh lhe ofereceu um sorriso. 

Ele não parecia tão assustador como provavelmente pensava, ou talvez Charlie já tivesse visto coisas muito piores nas viagens com suas mães para se assustar com uma simples história sobre um cara que fora preso, por qualquer motivo que fosse. - “Charlie. É Charlotte, na verdade, mas só as minhas mães me chama assim. “ deu de ombros ainda com o mesmo sorriso no rosto, jogando o que tinha recolhido em uma das lixeiras próximas, separando apenas os plásticos do resto. 

Yesholl respirou fundo, tranquilo. Era apenas uma garotinha. Percebeu o que ela fazia. Eram poucas as pessoas que acordariam tão cedo para fazer uma boa ação daquelas. - Durante meu tempo na prisão, lavar os banheiros era a pior parte. - Yesh disse, quando se aproximou, pegando alguns resíduos juntamente com a garota. - Você começa a apreciar a limpeza, nesse tipo de momento.

Charlie levantou os olhos ao ouvir a voz do homem. “Prisão? Interessante, mas parece triste. O máximo que eu já consegui foi aquelas selas da quinta avenida.” moveu os ombros levemente continuando a pegar o lixo do chão. “Eu imagino, parece ser algo difícil, mas valeu pela ajuda.” assentiu com um meio sorriso.