Avatar

claire

@clairelamartine / clairelamartine.tumblr.com

Avatar
Uma imensidão de joias foi a primeira imagem que recebeu Nathan, sua atenção sendo captada pelos diversos pontos de luz causados pela reflexão dos diamantes. Seus olhos passaram rapidamente pelas etiquetas decoradas que acompanhavam cada uma das pequenas peças, e o garoto respirou aliviado ao constatar que a quantia que carregava consigo seria suficiente para adquirir qualquer um que escolhesse na seção em que se encontrava. Precisava de algo que fosse especial o suficiente para agradar a menina mais especial do mundo, ao mesmo passo de que não tinha muito tempo para deliberar e escolher. Alguns minutos se passaram até que um anel em especial chamasse a atenção de Nate, e esse logo foi adquirido sem que o rapaz se demorasse muito em sua decisão. O equilíbrio perfeito entre o dourado e o prata era salientado pela delicada pedra azul de safira no topo, marcando o modelo ideal. Se antes o Roux havia se lamentado por não possuir nenhuma relíquia de família para presentear a Claire naquele momento especial, o sentimento se esvaíra ao observar o anel encaixado na pequena caixinha de veludo. Conseguia imaginar perfeitamente a joia envolvendo os dedos esguios e delicados da namorada, marcando-a como sua noiva. Como mandava o protocolo, comprou também sua própria aliança dourada e o pequeno elo que acompanharia o anel de noivado de Claire. 
O rapaz saiu da joalheria com um sorriso orgulhoso no rosto, as duas caixinhas das alianças seguras em seu bolso com um feitiço indetectável de extensão. Em sua mão estava uma sacola com a gravata comprada na alfaiataria ao lado da loja, e um bracelete floral típico de bailes do colégio para Claire; sabia que era clichê, mas que arrancaria um sorriso da namorada e e serviria como desculpa para justificar sua demora. O cheiro de panquecas e café inundou as narinas de Nathan na medida em que se aproximava da mesa escolhida pela amada, sentando-se de frente à ela logo em seguida. “Desculpe, fui comprar uma gravata decente e algo pra você.” O garoto inclinou-se ligeiramente para beijá-la nos lábios, e retirou da sacola os objetos que trouxera. Sentindo seu estômago formigar em um misto de fome e ansiedade pelo que viria, Nate espetou uma porção de panqueca com o garfo e levou à boca. O sabor delicioso que encontrou seu paladar lhe fez lembrar de casa, de quando seu pai cozinhava. De repente, sentiu-se culpado por fazer aquilo em segredo, e privar sua família de assisti-lo se casar. Porém, rapidamente lembrou do porquê sugerira fazer aquilo, e sorriu ao observar a figura de Claire tão animada. A verdade é que o Roux faria qualquer coisa para vê-la feliz e empolgada, e era ainda melhor quando a tal coisa também causava os mesmos sentimentos nele. “Eu vi a capela de longe. Não tenho certeza se eles farão uma cerimônia bruxa tradicional, já que essas geralmente precisam de testemunhas e a família. Mas meus avós se casaram lá, então deve ser um lugar legal.” Um sorriso marcava os lábios de Nate, que rapidamente devorou o que sobrara de suas panquecas. “Podemos ir assim que estiver pronta.” Disse de forma simples, lutando contra o impulso de levar a mão ao bolso em busca das caixinhas. Não queria que Claire suspeitasse antes da hora do que ele realmente havia ido fazer. 

“Vai usar a gravata por cima da roupa?” Riu fraco do namorado, então retribuindo o beijo. Observou ansiosa enquanto Nate retirava o que comprara e o encarou surpresa ao ver o bracelete, o pegando rapidamente para poder ver de perto. "É lindo!” Exclamou, principalmente ao constatar que estava decorado com uma de suas flores favoritas. Ainda lembrava-se da primeira vez que Nathan lhe presenteara com flores e como se sentiu emocionada. Sempre achara aquele um gesto muito singelo e especial, e nunca havia recebido antes. “Quando é que vai colocar em mim?” Segurou o acessório em frente ao namorado, em um pedido silencioso para que ele se apressasse com aquilo. Ela queria usá-lo de uma vez. Escutou o que o outro explicou e deu de ombros. “Tenho certeza que é o lugar perfeito.” Não que Claire estivesse se importando muito em onde se casariam. Por mais clichê que soasse, ela só queria estar ao lado do amado e dizer sim. Aquele dia começariam o resto da vida dos dois, juntos. “Acha que Alek e Catie ficarão chateados que não os convidamos para serem nossos padrinhos?” Questionou enquanto comia o restante das panquecas. Não tinha pensado nos amigos até aquele momento e bom, não teria custado nada tê-los ido procurar antes de irem. "O tempo que perdemos nos beijando na sala de aula, teria dado para encontrá-los.” Riu de forma sugestiva, arqueando a sobrancelha para o outro. Mas aquele era um bom sinal dos dois. Não importava a quanto tempo estivessem juntos. Ela sempre teria o mesmo desejo insaciável pelo namorado, e esperava que fosse recíproco. Assentiu ao pedido, tomando o restante do café e procurando pelo pouco dinheiro que havia trago. Seus pai ainda estava desempregado e aquela não estava sendo uma época fácil. “Acha que isso dá?” Colocou as moedas na mesa, esperando que não tivesse ficado caro. Não queria deixar que Nathan pagasse tudo sozinho. Ele já tinha até comprado aquele bracelete maravilhoso. Não era justo com o namorado. Soltou um suspiro triste, mordendo o canto do lábio de forma insegura. Claire sempre fora uma pessoa que gostava de viver um dia de cada vez, mas de uma hora para a outra o futuro estava batendo na sua porta e ela não sabia como lidar. ”Nate, por favor não pense que estou com dúvidas. Eu quero me casar com você sim. É tudo que eu mais quero na vida.” Afirmou de maneira firme. “Mas e se eu não conseguir descobrir algo para fazer depois do colégio? Você sabe que as coisas em casa não estão fáceis e não quero que tudo fique nas suas costas...” Até então, Claire esquecera do futuro e que teriam inúmeras coisas para fazer. “Como vamos mobiliar nossa casa? E quando tivermos filhos?!” O encarou de maneira assustada, procurando conforto. “Eu não vou conseguir te ajudar a dar boa educação para eles...” 

Avatar
A expressão e o olhar estampados nas feições da namorada fizeram com que Nathan tivesse ainda mais certeza de seu pedido, como se isso fosse possível àquele ponto. Um sorriso largo tomou automaticamente o rosto do rapaz, como se funcionasse feito um espelho para os gestos de Claire. O jovem respondeu ao beijo de forma energética, na maneira que encontrara para demonstrar sua emoção e felicidade pura por ter recebido um “sim” como resposta para a pergunta mais importante de sua vida. Nate deixou-se ser levado pelo aperto delicado da mão da namorada na sua, apenas apreciando a animação da garota. O rapaz desconfiava que talvez seu rosto rasgaria se tentasse sorrir de forma mais ampla, mas não conseguia evitar fazê-lo ao ver Claire tão feliz quanto ele naquele momento. 
O garoto permitiu que a moça o arrastasse até a sala vazia, e um pequeno som de contentamento escapou de sua garganta ao ter os lábios da Lamartine contra os seus novamente; aquela era uma das infinitas sensações que experimentava com Claire das quais ele nunca iria se cansar. “Você não sabe como estou feliz por ter a menina mais linda do mundo como minha futura esposa.” Nate sussurrou contra o ouvido da francesa, sorrindo com o som de suas próprias palavras e se surpreendo com o quão natural e agradável elas soavam. O jovem fechou os olhos, a sensação das mãos de Claire contra sua pele quase intoxicante, e ele teve de lutar para não puxá-la contra si de vez e esquecer qualquer coisa que planejavam fazer. Foram necessários alguns segundos para que Nathan pudesse levantar do chão da sala onde se encontravam, oferecendo a mão para a namorada para que ela pudesse segui-lo. “Eu te amo.” O francês depositou um beijo breve e delicado no topo da testa de Claire em um gesto carinhoso. 
Na medida em que caminhavam  de mãos dadas em passos ligeiros para a entrada da propriedade  – aonde pudessem aparatar sem que soassem nenhum alarme –, Nate buscou em sua memória algum local em Paris que realizasse casamentos de última hora. Até que se lembrou da pequena capela em que seus avós oficializaram a união deles próprios, bem no coração da capital bruxa da França. A sensação desagradável de aparatar durou por apenas alguns segundos depois que os pés de Nathan tocaram o chão, suas mãos ainda segurando as de Claire em um aperto suave. Olhando em volta para analisar seus arredores, o Roux constatou que estavam na rua certa, mas sabia que o destino final era um pouco mais a frente. A área residencial, onde seus avós paternos costumavam a morar quando ainda eram vivos, se encontrava algumas ruas atrás da que estavam, e esta por sua vez era preenchida por lojas e estabelecimentos dos mais diversos. Nate passou um de seus braços pela cintura de Claire, segurando-a perto de si enquanto caminhavam pela rua movimentava banhada pelo pôr-do-Sol. “A maioria das pessoas da nossa idade matam aula pra transar no dormitório, mas nós fugimos pra nos casar.” O comentário soou divertido, e uma fachada brilhante captou a atenção do rapaz enquanto andavam em direção à capela. De repente, ele percebeu que tinha deixado passar um detalhe crucial de toda aquela história. “Amor, quer comer alguma coisa? Que tal pedir algo pra gente? Preciso fazer algo rapidinho.” Nate apontou para um pequeno café à direita de onde eles se encontravam, e assim que ouviu a resposta positiva de Claire rumou para a joalheria, levando as mãos aos bolsos em busca dos galeões que sempre carregava consigo. 

A cada segundo que passava, a ansiedade de Claire apenas aumentava. Ela iria se casar com Nathan e mal podia ver a hora de poder dizer “sim” e jurar amor eterno a ele. Esperaram até que estivessem do lado de fora da escola, e desaparataram. Apesar de um tanto acostumada, a tontura ainda acontecia as vezes, como naquele dia. Durou pouco, no entanto, apertando a mão do namorado, Claire conseguiu abrir os olhos e se deparar com Paris. Não sabia ao certo em que lugar da cidade estavam, mas Nathan parecia reconhecer pela forma como encarava o lugar. E bom, se tinha os levado até ali, era porque havia um motivo em especial. Riu alto com o comentário do namorado enquanto caminhavam, e assentiu. “Estamos falando de Claire e Nathan, certo? Não podia ser diferente.” Deu de ombros. “E bom, nós já fizemos muito da primeira opção também.” Estalou os lábios, antes de abrir um sorriso de canto. Assuntou-se com a parada súbita de Nathan e o encarou tentando decifrar se havia algo errado. “Comer? Agora?” Normalmente Claire nunca recusaria uma oferta como aquela, mas era estranho que ele decidisse comer quando não tinham muito tempo para fazer o que queriam. Casar não era tão simples, afinal. “Precisa?” Questionou outra vez, franzindo o cenho. Nathan estava lhe escondendo alguma coisa. Não havia motivos para querer ir sozinho se esse não fosse o caso. “Tudo bem...” Encolheu os ombros, encarando o bruxo sair para o lado contrário da cafeteria onde ela iria. Caminhou calmamente, observando a paisagem bonita da cidade, tentando ficar muito ansiosa com o que fosse que Nathan iria fazer. Esperava que ele não se metesse em nenhuma confusão. 

Sorriu para a atendente e pediu panquecas de mirtilo e dois cafés, avisando que estava a espera de alguém. Com um suspiro, encostou-se na cadeira, esperando pelo namorado voltar. Não gostava de ficar ali sozinha. Todos os tipos de pensamentos lhe vinham a mente. Ao menos tinha certeza que Nathan nunca desistiria da ideia de casar, afinal ele parecia muito certo do pedido que fazia. Abriu um sorriso bobo sozinha, balançando a cabeça em negação. Ainda parecia inacreditável. Se alguém lhe dissesse naquela semana, que em poucos dias iria se casar, Claire provavelmente gargalharia, mas era aquilo que estava acontecendo. E para a falar a verdade, ela já podia ver os dois com filhos em pouquíssimo tempo e tinha certeza que o namorado também pensava daquela forma. Nathan era tão mais do que ela merecia. Em meio a sua distração, só notou a presença do amado quando ele sentou-se a sua frente na mesa. “Ei!” Exclamou com um sorriso largo, levantando os olhos para encará-lo docemente. “Você demorou...” Cerrou os lábios, tentando evitar demonstrar a preocupação que sentira durante aqueles minutos longe dele. “Onde foi?”

Avatar
reblogged
Avatar
pprongsz

Ao longo de sua vida, Nathan sempre tinha escutado dizer que rotinas eram chatas, que deveriam ser evitadas para que tudo não caísse numa mesmice tediosa. Até certo ponto, ele até que acreditava naquilo, mas nenhuma regra se aplicava quando tratava-se de seu relacionamento com Claire Lamartine. Desde da época que eram apenas amigos, nenhum dia era igual ao outro, e isso fora especialmente amplificado depois que começaram a namorar, em ambas vezes. Fazia cerca de um ano desde que retomaram o relacionamento amoroso, e os dois não passavam um dia sequer sem se ver a partir de então. 

Nate se encontrava em um dos bancos de madeira do Salão Ônix, com @clairelamartine em seus braços, enquanto aproveitavam um pouco do ar puro de primavera. Não era muito comum que fizesse calor em Beauxbatons, considerando a altitude e a própria localização geográfica, então a luz natural era bem-vinda sempre que decidia dar as caras na estação. Era final de tarde, e o pôr-do-sol deixava a situação toda bem romântica, por mais que os dois estivessem apenas falando sobre coisas aleatórias até então. Um silêncio gostoso se instalara depois de certo assunto, e Nate adorava o quão confortável era ficar com Claire, mesmo que não estivessem dizendo nada. O sol refletia na Lamartine de forma que beirava a perfeição, e Nathan não tinha dúvida alguma de que queria passar todas as tardes de sua vida com a garota. De repente, algo veio em sua mente de forma tão deliciosamente espontânea que ele não pôde deixar de falar. “Claire, você quer casar comigo?” Disse, seu tom demonstrando que falava sério sobre aquilo, ao mesmo tempo em que um sorriso ocupava seus lábios. “Quero dizer, vamos agora? Em meia hora podemos estar em Paris e somos maiores de idade, aposto que alguém toparia fazer a cerimônia.” Olhou de forma esperançosa para a namorada, desejando mais que tudo que ela topasse aquele plano completamente maluco.

Image

Você quer casar comigo? Aquelas quatro palavras fizeram o coração da bruxa disparar de surpresa e também felicidade. Ele estaria mesmo falando sério? Apesar de sempre ter a certeza de que acabaria nos braços de Nate, nunca esperou que ele fosse fazer aquele pedido tão cedo. Se virou para o namorado e o encarou de olhos arregalados. Ele estava falando sério. Conseguia ver pela maneira como ele lhe encarava e sorria. “Nate, você é doido.” Murmurou antes de abrir um sorriso largo e emocionado. Até mesmo podia sentir seus olhos se encherem de lágrimas. Por Merlim, ela iria se casar. Aquele só podia ser o dia mais feliz da sua vida. Levantou os olhos para o outro e colocou suas mãos no rosto alheio. “Sim.” Respondeu simples, antes de puxá-lo para si em um beijo longo e apaixonado. Claire nunca teve dúvidas sobre seu amor pelo bruxo e tudo que queria era poder criar uma família ao lado dele. Levantou-se do banco e ajeitou suas roupas. "Já quer ir?” Questionou ainda exibindo o sorriso que não mais queria sair de seus lábios. Mal podia esperar pelo momento que juraria amor eterno a ele. Por mais que adorassem Nathan, sabia que seus pais iriam matá-la. Como se casar assim, de uma hora para outra sem avisá-los? Bom, eles podiam fazer uma festa depois para a família. Puxou o namorado pela mão para que seguissem até a passagem que os tiraria daquele lugar. 

“Um segundo.” Disse arrastando o bruxo para uma sala de aula vazia e tomando impulso para subir no colo do mesmo. Entrelaçou suas pernas na cintura alheia o beijando novamente. Estava tão feliz, que não conseguia se conter. “Meu amor...” Murmurou afastando seus lábios dos dele por um momento. “Eu ainda não acredito que vamos nos casar.” Disse entrelaçando seus dedos nos fios curtos de Nathan. “Obrigada por existir.” Sorriu antes de aproximar seus lábios novamente aos dele. Desceu suas mão pelas costas do namorado, arranhando levemente por ali. “Ok... Acho melhor eu parar ou não vamos sair daqui hoje.” Riu, mordendo o canto do lábio inferior. “Eu só queria dizer que... Eu te amo.” Desceu do corpo do namorado e encolheu os ombros. “Paris?”

Image
Avatar

✿: um headcanon de dia das mães/dos pais

Avatar

Claire olhava as suas crianças brincando e finalmente entendia o sentimento. Ela agora entendia o que era ser mãe e como aquelas duas coisinhas tão pequenas podiam mudar uma vida inteira. Aquele dia então, não poderia ser mais esperado. Tinha feito planos para passar o dia todo em casa, apenas curtindo os bebês junto com o seu amor. Fariam um almoço simples e deitariam os quatro na cama para assistirem algum filme de desenho trouxa qualquer. Estar junto deles era a única coisa que importava para a bruxa e sabia que seria a forma certa de passar o seu Dia das Mães. 

Avatar
Tudo que Nathan pôde fazer foi sorrir em reação à fala da esposa. “Eu acho que toda vó é igual. Minha mãe, por exemplo, que sempre teve a pose de durona no Ministério, passa no seu Departamento quando sabe que você está lá só pra perguntar dos bebês. Inclusive, acho que deveríamos deixar eles lá em casa dessa vez. Minhas irmãs vão me matar se passarem mais um fim de semana sem verem os sobrinhos.” Disse, acompanhando a linha de raciocínio de Claire. Por mais que a família dos dois se dessem bem, sempre havia certa rivalidade sobre quem ficava com os bebês nos domingos e feriados. Era inocente, e Nate achava a situação toda muito engraçada. “Acho que é porque são os primeiros netos deles. Não pense que meu pai não carrega uma foto dos gêmeos na carteira.” Brincou, enquanto dava uma boa garfada da comida em seu prato. Nathan sempre foi uma pessoa que adorava comer, e foi um traço que definitivamente levou pra vida adulta; afinal, ele ainda tinha apenas 21 anos e estava eterna fase de crescimento. No final de todos os dias, tudo que ele conseguia pensar sobre era uma refeição quentinha e a companhia de sua família. “Bem, sempre dá pra chamar a Catie pra cuidar deles. Assim teríamos mais tempo pra gente e o choro seria completa responsabilidade dela.” Sugeriu de forma brincalhona, passando os dedos delicadamente pela bochecha de Claire, enquanto a sustentava de forma segura em seu colo. “Quero aproveitar enquanto ainda temos energia pra correr atrás deles.” Brincou, beijando-a nos lábios brevemente; algo dentro dele ainda doía toda vez que precisava se afastar dela, e sentia mais que tudo falta de ficar sozinho com Claire. “No final, você é quem decide, meu amor.”
Nate pegou-se suspirando novamente com aquele assunto. Sabia que era uma decisão que precisava ser pensada com calma, mas era difícil raciocinar quando existiam pesos familiares dos dois lados da balança. “Sei que meu pai ficaria bem sem mim, afinal ele me ensinou muito do que eu sei e ainda tem energia pra trabalhar por muito tempo. Também sei que não estamos precisando de dinheiro, já que ainda nem acabamos de gastar o que minha família me deu de presente de formatura. Bem, não é como se meu pai fosse diminuir meu salário, de qualquer forma, mas preciso sentir que não estarei o prejudicando, sabe?” Discorreu, sabendo que Claire compreenderia o dilema em que ele se encontrava. A dinâmica de contarem absolutamente tudo um pro outro era uma das chaves pra terem dado tão certo juntos, e Nate amava aquilo. “Acho que o meio termo seria considerar trabalhar uns dois dias na semana em casa, já que posso fazer os cálculos e os designs daqui mesmo.” De repente, o rapaz percebeu que estava animado com aquela perspectiva, e exporia a ideia para o pai no final de semana. Seria realmente um sonho poder passar mais tempo com a esposa e os filhos, e mesmo assim não deixar a empresa da família na mão. 
Enquanto aguardava que Claire retornasse, Nathan organizou rapidamente a mesa para a sobremesa. Com alguns acenos de sua varinha, juntou a louça suja e transportou tudo para a pia, onde a esponja já estava pronta para agir. Em questão de um breve minuto, já estava com a torta de limão sobre a bancada e distraindo os bebês para que esses não percebessem a ausência de Claire; uma das desvantagens de ficarem praticamente o tempo todo com a mãe é que os dois choravam em tempo recorde assim que notavam que ela não estava à vista. Olhou para o relógio mágico, que marcava oito e meia da noite. Sabia que já tinha passado da hora de dormir dos gêmeos, mas também não esperava que eles fossem pegar no cedo tão cedo. Ligou a TV da sala em algum desenho animado, na esperança que o programa infantil deixasse os bebês mais sonolentos; aquele era um artifício trouxa que todo pai bruxo deveria aderir. Felizmente, Claire voltou antes que acontecesse algum desastre choroso. Quando Nate pousou seus olhos sobre a figura da esposa não pôde evitar que um pequeno ‘uau’ saísse de sua boca. Ela estava deslumbrante como sempre fora, mas o Roux nunca deixaria de se surpreender com a beleza dela. Na verdade, se fosse ser completamente sincero, apostaria que a mulher estava ficando ainda mais bonita com o passar dos dias. “Você está linda.” Nate levantou-se e foi em direção à esposa, envolvendo os braços firmes em torno dela. “É um vestido bem bonito. Mal posso esperar pra ter ver sem ele.” Sussurrou de forma sugestiva, aproveitando que os bebês pareciam distraídos o suficiente com o desenho e não escutariam seu comentário. “Aliás, acho que daqui a pouco eles capotam.” Gesticulou de forma discreta em direção dos filhos, rindo levemente ao perceber que Helena já fechava os olhinhos por mais do que alguns segundos e Adrien tinha sua cabeça apoiada no encosto da cadeirinha. “Daqui a pouco retomamos esse assunto.” Falou em referência ao vestido, e deu um selinho demorado em Claire antes de rumar cuidadosamente em direção aos gêmeos. “Não aguentaram até a sobremesa, é uma pena pra eles. Sempre te digo que o desenho trouxa faz milagres.” Brincou, mantendo seu tom de voz baixo para que não despertasse-os. Em questão de alguns minutos, os bebês estavam acomodados em seus respectivos berços, dormindo ao som de uma canção mágica de ninar. Logo em seguida Nate e Claire voltaram à sala de jantar, já que dois gulosos jamais recusariam sobremesa. “Agora que estão dormindo e não vão acordar por algum tempo, posso perguntar. Qual sobremesa vou ter primeiro, torta de limão ou Claire Lamartine-Roux?”
Image
"Essa é uma ótima ideia Nathan!" Exclamou assentindo com a cabeça. "Seria ótimo se você pudesse passar esses dois dias trabalhando em casa, e não acho que seu pai vá se importar. Podemos levar os gêmeos no dia para convencê-lo." Abriu um sorriso divertido e até mesmo um tanto orgulhoso. Sabia que ninguém resistia ao seus bebês. "Apesar de que, eles fazem muito barulho. Helena não tanto... Apenas quando acorda, mas Adrien, você sabe." Soltou uma risada alta. "Então eles podem te atrapalhar em alguma coisa." Encolheu os ombros, esperando pelo que o marido decidiria. "Sobre deixá-los com a Catie algum dia..." Fez uma expressão preocupada e soltou um suspiro. “Eu confio nela, mas não sei se consigo passar uma noite em paz sem ter a certeza de que meus filhos estão no quarto ao lado, entende?" Era verdade que precisava de pelo menos um final de semana apenas com Nathan, mas talvez por fazer pouco tempo do nascimento das crianças, ainda não conseguia ficar aquele tempo longe. Nem mesmo quando sabe que eles estão com os avós. Sua mente nunca ficaria tranquila.

Não conseguiu evitar abrir um sorriso largo com a reação do marido ao seu vestido. Era exatamente aquilo que ela queria. Levou suas mãos aos braços e ombros alheios, e mordeu o canto do lábio inferior com a revelação seguinte. "Que bom que gostou.” Sussurrou da mesma forma que ele, levantando suas mãos para fazer carinho na nuca dele. Inclinou o rosto para ver as crianças e constatar que os dois estavam realmente adormecendo. Agora era torcer para que não acordassem. "Agora eu acredito." Afirmou desligando a televisão enquanto Nathan levava os gêmeos para o quarto. Rumou para a sala de jantar e cortou dois pedaços de torta, colocando em seus respectivos pratos. Pegou uma colherada da sua e levou a boca. Torta de limão nunca deixaria de ser sua favorita. Abriu um sorriso de canto provocativo para o marido e indicou a cadeira para ele se sentar. Colocou as pernas ao redor do mesmo e sentou novamente em seu colo, sabendo que daquela vez não seria interrompida. Passou seus braços ao redor do pescoço de Nathan e levantou o olhar para o alto, fingindo pensar. "Hmmm, você pode ter as duas coisas se quiser." Murmurou abaixando os olhos para encarar o marido. Virou para trás por um segundo e pegou com o dedo um pouco da torta, levando a boca em seguida. Limpou os lábios com a língua e os levou em seguida de encontro com os de Nathan em um beijo lento e delicioso, como era desde o primeiro. Nada nunca seria melhor do que estar com o seu marido. Sempre lhe perguntavam como ela e o bruxo conseguiam estar juntos a tanto tempo e ainda se olharem como se fosse a apenas uma semana. Claire imaginava que além de todo o amor que a consumia e da amizade que compartilhavam, existia a parte de si que o desejava da mesma forma de quando era ainda adolescente. Ele continuava indiscutivelmente maravilhoso. Nunca se importou com os comentários sobre terem optado se casar e ter filhos cedo, ou com as muitas vezes que ouviu os julgamentos sobre ela ter apenas um homem a sua vida inteira e não estar aproveitando sua juventude. Toda vez que acordava ao lado de Nathan, sentia-se a mulher mais feliz do mundo e tinha certeza que nunca desejaria ter outra pessoa. Quebrou o beijo, com uma mordida no lábio inferior do marido. "O que achou?" Questionou em um sussurro, ao mesmo tempo que descia pequenos beijos pela bochecha, orelha e pescoço do marido. Desceu suas mãos, até que estivessem na barra da camiseta alheia, para que ele tirasse de uma vez. Mordeu o canto do lábio inferior encarando as tatuagens do mesmo. Conhecia e amava cada uma delas. Encarou Nathan com um sorriso simples e levou suas mãos as costas e começou a descer o zíper do vestido, abaixando as alças em seguida. 

Image

Voltou suas mãos ao rosto de Nathan e o puxou para outro beijo apaixonado, se abraçando ainda mais a ele. Podia sentir seu coração batendo forte e a necessidade de estar com ele por completo aumentando. “Eu te amo tanto...” Murmurou em um sussurro, o encarando de maneira doce. “Você é a minha vida.”

Avatar
Se dissesse que estava cansado, Nathan estaria fazendo um grande understatement; entre o trabalho como engenheiro e a vida em casa com os gêmeos, era raro que chegasse um fim de dia em que o rapaz não estivesse exausto. Porém, esse fato de nada interferia na alegria plena que ele sentia diante de toda a situação; apesar da rotina ser puxada, aquela era vida com qual Nate sempre sonhara. Naquele dia, como de costume, ele chegara do trabalho no final da tarde e tratou de dividir seu tempo entre sua pequena família. Quando descobriram que teriam gêmeos, Nathan e Claire decidiram que precisavam de uma casa maior para comportar todos os membros, e os pais do rapaz contribuíram de bom grado para a aquisição como presente de boas vindas para os primeiros netos. Desde o nascimento dos bebês, dez meses antes, as noites sempre passava rapidamente, como se o casal mal tivesse tempo para piscar os olhos antes de caírem na cama. No entanto, naquele dia Nate tinha tido um bom dia no escritório, e desenharia alguns modelos de vassoura em casa na manhã seguinte. Como não era muito costumeiro que tivesse um dia de folga no trabalho, decidiu que aproveitaria a noite e todo o tempo disponível para curtir de verdade a companhia de Claire e dos bebês. Os dois haviam planejado ninar os gêmeos para que pudessem ter algum tempo sozinhos, mas a coisa mais interessante sobre ter filhos é que quase nunca as coisas seguem como idealizadas. Com dificuldade, Claire assumira a função de fazê-los dormir enquanto Nathan preparava o jantar. 
Quando a moça finalmente retornou, um suspiro aliviado e cansado escapou por entre os lábios de Nate. Recebeu a esposa com o mesmo entusiasmo que ela tinha mostrado a ele, envolvendo os braços firmemente na cintura de Claire. “Adorei a ideia, sinto sua falta. Quem poderia pensar que dormir juntos poderia acarretar em não dormirmos juntos por meses?” Brincou, referindo-se de forma divertida ao nascimento dos filhos. Acenou com sua varinha para que o processo do jantar fosse interrompido, e voltou-se para beijá-la de forma mais acentuada. Porém, não demorou para que a bolha fosse interrompida novamente. Suspirando com leve frustração, Nathan retomou sua atenção para o fogão em frente de si, dando os retoques finais na macarronada à bolonhesa que preparava; era um dos pratos favoritos da esposa, perdendo apenas para pizza. Em alguns minutos, Claire voltou com os braços ocupados, cada um segurando um bebê. “Qual é a dificuldade de dormir por mais de meia hora? Você definitivamente não puxou pra mim.” Disse para Adrien após aconchegar o bebê em seu colo, e o pequeno riu de forma travessa, como se tivesse entendido o recado. “Fiz macarrão. Não achei que eles fossem comer, ainda bem que fiz bastante.” O rapaz deu de ombros e depositou um beijo delicado na bochecha de Claire antes de ajeitar Adrien na cadeirinha, observando que a esposa fizera o mesmo com Helena. Nate utilizou de magia para dispor os pratos e talheres rapidamente na mesa de jantar, mas buscou a panela no fogão; mesmo que mágica fosse precisava, não arriscaria passar com um recipiente quente perto dos filhos. “Como foi seu dia, meu amor? Sabe em qual dia terá que trabalhar fora?” Indagou, alimentando Helena com alguns fiozinhos de macarrão por vez. “Queria muito que pudesse ficar mais aqui com vocês. Sinto que perco muita coisa deles, às vezes. Comentei com meu pai sobre ficar em casa mais dias da semana, mas ao mesmo tempo não quero deixar ele na mão no escritório. Ainda nem sei se tenho muito mérito em utilizar o nome que ele construiu como engenheiro em meu benefício.” Falou, confuso sobre qual seria a melhor decisão a tomar ali, mas sabia que Claire sempre dava os melhores conselhos. Era difícil pra Nate aceitar que seu pai não daria um emprego a ele se não fosse realmente competente, e o rapaz se sentia inseguro sobre seu próprio trabalho vez ou outra. 
Seu breve conflito interno foi interrompido por um baque alto, que rapidamente foi associado ao prato de Adrien estar jogado no meio da mesa. Ao invés de ficar bravo com a atitude do filho, Nathan pôde apenas rir. “Parece que alguém não fica muito contente quando não é alimentado.” Brincou, colocando mais um pouco do comida no pratinho do bebê. Havia molho espirrado por toda parte, inclusive na blusa de Nate, no cabelo de Claire e no rostinho de Helena. A cena era pra ser caótica, mas o rapaz só conseguia ver beleza em tudo aquilo.  “Vamos ter mais um.” Disse à esposa, antes mesmo que pudesse raciocinar sobre o que aquela sugestão implicava. Não importava. Nada ruim poderia vir daquela família. 
image
“O cheiro está ótimo.” Garantiu ao mesmo tempo que colocava Helena na cadeirinha ao lado de Adrien. Colocou a comida em seu prato e de Nate, enquanto ele alimentava a filha. O melhor dos dois como casal, era que apesar da falta de tempo os dois era parceiros e se ajudam o máximo que conseguiam. “Quase certeza que mais para o final da semana, então provavelmente quinta ou sexta.” Respondeu, trazendo a jarra de suco para perto da família e distribuindo nos dois copos e nas mamadeiras das crianças. “Estou pensando em deixar eles na casa dos meus pais no dia. Minha mãe estava reclamando sobre nunca ver os netos. Eu disse que os levamos lá tem menos de duas semanas, mas você sabe como ela é.” Soltou uma risada alta, balançando a cabeça em negação. Sua mãe poderia ser bem dramática quando queria. Estendeu a mamadeira de Helena para o marido, e passou a escutar com atenção o que ele dizia. Sabia que devia ser difícil para Nathan não estar o tempo inteiro com a família como gostaria, mas sempre entendeu os motivos para aquilo. Limpou a boca de Adrien delicadamente, e voltou seu olhar para o marido. “Você não está usando nada a seu benefício, Nate. Sabe que é tão talentoso quanto ele, e merece estar naquela empresa. Tudo que está conquistando lá dentro é por talento seu.” Garantiu aproximando sua mão para segurar a dele, ao mesmo tempo que Adrien jogava seu prato no meio da mesa. “Não faz isso, filho...” Disse esticando-se para pegar o prato e colocá-lo de volta no lugar. “É, ele é claramente um Lamartine Roux.” Acompanhou a risada de Nathan, levantado-se da cadeira para ir limpar o rosto de Helena. Ignorou a situação de seu cabelo, e se inclinou para limpar para passar o pano na camiseta do amado. Desviou sua atenção da mancha com a fala alheia, que a pegara de surpresa. Ela queria sim ter mais filhos, já que ainda eram novos e seu sonho de família grande ainda estava ali, mas não esperava que Nathan fosse querer assim tão depressa. Tombou a cabeça para o lado e abriu um sorriso divertido. “Se conseguirmos...” Brincou com a situação dos dois, soltando uma risada alta. “Não vejo isso acontecendo até esses dois aprenderem a dormir... Não é minha coisa linda?” Questionou virando-se novamente e beijando a bochecha da filha. 

Deu uma olhada em Adrien e observando que ele parecia ocupado olhando tudo ao redor, passou um dos braços ao redor dos ombros de Nathan, apoiando-se para sentar no colo dele. “Podemos ter quantos você quiser.” Fez um carinho na nuca alheia e deu um beijo nos lábios do marido. “Voltando àquele assunto, eu adoraria que conseguisse ficar mais tempo conosco... Comigo.” Mordeu o canto do lábio inferior, soltando um suspiro. “Mas eu não vou ser egoísta a esse ponto. Sei que tem que trabalhar e que precisam de você lá, e está tudo bem, amor...” Parou de falar ao escutar Helena choramingando. Pegou-a no colo, lhe dando a atenção que queria. “Você não está perdendo nada. Eles sempre te esperam quando resolvem fazer alguma coisa nova.” Disse abrindo um sorriso doce, esperando confortá-lo para que acabasse com aquela angústia. “Agora, vamos deixar papai e mamãe comerem também?” Questionou com o olhar semicerrado para a pequena, sem conseguir evitar sorrir largo com a risadinha soltada por ela. Colocou-a de volta na cadeirinha e seguiu para seu lugar, pegando uma garfada do macarrão. “Ah! Maravilhoso como sempre.” Murmurou ainda de boca cheia, deliciada com o sabor da massa feita pelo marido. A mulher sempre tentava fazer sobrar um pouco de comida para que ela almoçasse no dia seguinte, já que cozinha não era o seu forte, mas quando Nathan não consegue chegar em casa a tempo para fazer o jantar, ou Claire sabe que ele está muito cansado, ela saia com as crianças para comer fora ou tentava fazer alguma coisa. Nunca saia tão bom, mas não poderia morrer ou matar seus filhos de fome. “Comprei uma torta de limão de sobremesa e... Nossa! Eu ia esquecer de te falar! Encontrei o vestido que queria usar no jantar de aniversário da sua irmã!” Levantou-se da mesa em um pulo, deixando o marido com as crianças e correu para o quarto a fim de trocar de roupa rapidamente. Era bom ter uma festa para ir depois do nascimento das crianças. Ela sentia falta de se sentir empolgada com coisas bobas como finalmente sentir-se bonita o suficiente para usar um vestido como aquele e estava ansiosa para ver o que Nate acharia. Soltou o cabelo do rabo de cavalo mal feito que estava até então e colocou os sapatos de salto, andando de volta a cozinha. Observou os filhos virarem o rostinho em sua direção e arqueou a sobrancelha apontando para si mesma, esperando pelo julgamento do marido. “Eai? O que achou?”

Image
Avatar

Após dar um beijo na testa de Helena, colocou-a deitada no berço, com um sorriso aliviado no rosto. Finalmente a pequena tinha adormecido. Ser mãe fora, com toda certeza, a melhor coisa que lhe aconteceu, mas desde que as crianças nasceram, Claire sentia falta de algumas coisas, como dormir tranquilamente, sair quase todas as noites com os amigos e principalmente passar um tempo sossegada, apenas curtindo com o seu marido. Fechou a porta do quarto dos gêmeos e andou até a cozinha, onde Nathan estava fazendo o jantar. Apoiou-se no batente da porta e abriu um sorriso de canto, o observando em silêncio. Tinha mesmo o melhor marido do mundo. Estava pronta para voltar para o próprio quarto, quando um estalo lhe veio a mente. Por que não aproveitar aquele momento? Os filhos estavam dormindo e Nathan não trabalharia no dia seguinte. Era perfeito. Andou até o marido que parecia concentrado no que fazia e o abraçou por trás, dando um beijo nas costas do mesmo. “Vai demorar muito aí? Pensei em irmos deitar, assistir algum filme... Estou com saudades.” Saiu de trás de Nathan e o encarou com um olhar significativo. “Por favor...” Murmurou infantilmente dando um selinho demorando nos lábios alheios. Passou seus braços pelo pescoço alheio, a fim de aprofundar o beijo como realmente gostaria, mas não conseguiu, pois logo ouviu um choro de criança ao longe. Quebrou o beijo com um suspiro, e abriu um sorriso fraco. “Parece que sempre sabem.” Soltou uma risada, antes de deixar o marido e seguir para o quarto dos gêmeos novamente. Abriu a porta e balançou a cabeça em negação, vendo as duas crianças acordadas. “Vocês não me ajudam mesmo, não é?” Pegou cada Helena e Adrien nos braços e caminhou com dois bebês até a cozinha. “Olha aqui o papai...” Disse entregando o pequeno Adrien para Nathan. “Vamos ver o que ele está cozinhando hoje?” Aproximou-se do fogão com muito cuidado para que não espirrasse nada na bebê e depois encarou Nathan. “O que o papai está cozinhando hoje?”

Image
Avatar
Anonymous asked:

who would you risk everything for?

Arriscaria o que fosse pela minha família e qualquer um dos meus amigos. 

Image
Avatar
Anonymous asked:

Who do you consider your best friend?

Nunca responderia uma pessoa só, até porque eles brigam dependendo da resposta. Então, Catie e Alek. 

PS: Meu namorado e minha irmã nem precisam entrar nessa né?

image

Bônus para Vio e Staff, lindos!

Avatar
O dia seguinte à festa foi um dos mais estranhos da vida de Oberon. Não pela ressaca, com a qual já estava acostumado, ou pelo clima de destruição pós-festa que todos os alunos se encontravam. O problema para ele naquele dia era estar sendo ignorado por um de seus melhores amigos. Seu humor, portanto, não era um dos melhores -e isso era algo significativo para alguém quase sempre mal-humorado como Oberon. Por mais que tentasse manter tudo o que acontecera longe de sua mente, as memórias continuavam a voltar de tempos em tempos. Nem a benção da amnésia alcoólica ele tivera para poder falar que não sabia porque Icarus estava o evitando. Ele sabia muito bem e, pior ainda, não sabia se estava muito arrependido. Ao menos não do que fizeram, porque estava se amaldiçoando por ter liberado em sua mente todos os sentimentos trancados a quase uma década e ter feito Icarus lhe evitar daquele jeito. 
Depois da aula de ballet e de um banho quente, seu humor melhorou consideravelmente. A dança fazia mágica em Oberon, como sempre. Por isso, quando a garota invadiu seu dormitório -desabitado naquele momento além dele mesmo- Oberon não a expulsou imediatamente, afastando toda interação humana como fizera no resto daquele dia. Ouviu Chien reclamar da garota pulando na cama em que ele estava dormindo antes do gato levantar-se e deitar na cama de Oberon. “Eu fiz algo ontem a noite que te deu a impressão de que você pode fazer isso?” o loiro perguntou à garota, porém seu tom era amigável e até divertido, considerando o estado emocional que ele estava. “Aliás… Como entrou aqui? Enfim, não importa. O que precisamos conversar?” perguntou assim que terminou de vestir sua blusa e sentou-se em sua cama, de frente para ela. 
image
“Eu posso fazer tudo que eu quiser.” Deu de ombros, abrindo um sorriso divertido para o bruxo. “Esse é um segredo que eu não posso jamais revelar.” Se deitou na cama encarando o teto, enquanto esperava Oberon terminar de se vestir. “Precisamos conversar sobre você estar atrasando a sua vida.” Disse se sentando na cama novamente e apontando para o loiro. Não tinha porque ficar enrolando ou preparando o terreno. Sempre foi uma garota a favor de arrancar o band-aid de uma vez. “Eu não esqueci das coisas que me contou ontem e nem vou te deixar usar como desculpa a bebida, até porque a bebida a maioria das vezes nos faz dizer verdades.” Encolheu os ombros, se lembrando do próprio escândalo que fez se declarando para Nathan. Tirou os sapatos e cruzou as pernas na cama, procurando por uma posição confortável para manter aquela conversa com Oberon. “Vou te ajudar a dizer não as coisas que você não quer fazer e partir para cima de todos que não querem te ver feliz.” Garantiu assentindo com a cabeça. “Eu passei todos esses meses tentando ignorar a minha felicidade pelo que achava ser um bem maior, e sabe a verdade? Eu estava me machucando o tempo todo. Não faz isso Obe! Eu estou falando de um relacionamento, mas se encaixa com qualquer outra coisa. Simplesmente não vale a pena viver dessa maneira.” Claire estava sendo sincera em todas as suas palavras. Primeiro porque a garota detestava mentiras e fingimentos e segundo porque realmente se preocupara com o que Oberon lhe confidenciou, e prometera a si mesma que entenderia tudo e iria ajudá-lo. “Por isso, eu estou aqui para você me contar o que está acontecendo.”
image
Avatar
reblogged

“Mais cinco minutos mamãe…Por favor” Murmurou a morena, levantando a cabeça por segundos e voltando  a abaixar “Por favor…”

Image

“Eu acho que você é mais minha irmã do que do Nate, não é possível...” Soltou uma risada alta, balançando a cabeça em negação. “Vamos pumpkin number two, nós temos 10 minutos para sair antes que os monitores passem pela passagem.”

Image
You are using an unsupported browser and things might not work as intended. Please make sure you're using the latest version of Chrome, Firefox, Safari, or Edge.