never fading

“Desculpe por mais cedo. Eu juro que agora eu já bebi o suficiente para falar de qualquer coisa que não essas regras estúpidas e aproveitar a festa como se deve. Me acompanha?”

“Desculpas aceitas... Desde que você me empreste aquele seu vestido roxo na próxima vez que saírmos para algum barzinho trouxa. E você ainda pergunta? Se tiver álcool, é claro que acompanho.”

❛ Oh, honestamente? Eu não vou voltar, só vim aqui deixar uma coisa mesmo, não sou dessa área e não pretendo ser. Agora se me dá licença, eu vou voltar para os adultos do instituto, porque não vai tomar seu suquinho de abobora, bebê? Pode me emprestar suas roupas quando entrar para medibruxaria e me ver nos corredores da universidade. ❜

“Yikes! The old owl bites! Pode voltar, só cuidado para eles não acabarem te expulsando ao te confundir com uma criança de doze anos... Sua cara já não ajuda muito, com essas roupas, então... Ah, e esqueceu sua gravatinha, garçonete! Mas se trouxer com Firewhisky, aceito o suco de abóbora. Medibruxaria? Pff. So overrated.  Quando eu entrar para a universidade, não vou sequer te reconhecer, de tantas rugas que você terá por sofrer de estudar, e também não vai poder me culpar se eu acabar te confundindo com a senhorinha que rege a biblioteca...”

“Aqui não tem essa de eu perguntei primeiro. Eu não vejo a razão para usar esse feitiço, nem mesmo em duelos. Claro que não iria virar o novo Lord Voldemort, mas o fiendfyre não deixa de ser uma maldição.”

“Como assim? É uma regra universal! Vamos lá, Frankie...Eu juro que não vou usar contra nenhuma garota de quem eu não goste... Se você sabe, então não é assim tão perigoso que não possa ensinar.”

❛ Como quiser…Agora se me dá licença, já fiz o que me pediu, eu vou me retirar da sua presença. ❜

“Ótimo! E, por favor, só volte com roupas minimamente dignas de uma garota da sua idade! Se quiser ajuda, posso até emprestar alguma coisa, mas tem que jurar de dedinho que vai me devolver.”

Não, não. Mas provavelmente ela já deve ter virado comida de lula uma hora dessas…se é que a Lula Gigante gosta do sabor de livros mal transfigurados em tartaruga.

“Shit! Não! Nem mesmo posso considerar essa uma possibilidade. Aquela droga estava com todas as minhas anotações! Bem que essa criatura podia ser normal ao menos por um dia, não? Nem sei o que lulas comem, mas imagino que tartarugas não estejam na lista...”

— Você transfigurou um livro numa tartaruga e está me dizendo que isso é ter dado errado? O que seria dar certo, ele virar um dragão-de-komodo? Se for, eu estou interessado nesse feitiço. 

“Seria no mínimo um erro que eu poderia chamar de sucesso, não? Mas, na verdade, era um feitiço totalmente diferente, só acabei me desconcentrando... Ok, talvez eu nem estivesse concentrada pra início de conversa...”

        “Eu posso saber porque você quer tanto saber esse feitiço? Porque eu não vejo razão para você o usar.”

“Eu perguntei primeiro, então primeiro quero a resposta que você me deve, e em seguida eu posso te dar a minha, bonitão. Now, c’mon, não é como se eu fosse virar o novo Lord Voldemort com um feitiços desse...”

❛ E agora você me deve a sua vida...Quer dizer não literalmente, mas sim. ❜

“Por favor, meu amor, convenhamos que eu te fiz é um favor te livrando dessa saia ridícula! Se cortar ela acima dos joelhos, a mancha fica quase imperceptível; melhor ainda de você resolver dar uma repaginada no seu estilo por inteiro...”

Eu fico muito sexy de óculos, eu sei. 

“Ouvindo os famosos zonzóbulos, Link? Porque, eu, com certeza, não falei nada disso.”

Eu acho que vou abri um edital pra monitoria da minha matéria… Estou tendo problemas pra corrigir todos os trabalhos em dia.

“E das camas das alunas, professor? Está dando conta de atender?”

“Como sempre, eu ganhei ingressos para a final da copa de quadribol, mas minha mãe disse que vai assistir ao jogo com uns amigos então eu não sou obrigado a ir. Agora não sei se eu vendo os três ingressos ou chamo mais duas pessoas para ir comigo e tornar as coisas um pouco mais suportáveis.”

“Eu tenho uma ótima ideia, irmãozinho. Pode me dar seus ingressos, que eu vou fazer bom uso deles. E, acredite, Merlin sabe que o jogo vai ser o último dos meus interesses naquele estádio. Nenhuma das minhas garotas realmente vai pelo interesse pelo quadribol, elas sabem que na verdade esse ingresso aí é para o paraíso. Nosso jogo é em outro campo.”

— Não, eles não te obrigam a fazer faculdade para jogar quadribol profissionalmente. Mas alguém tem que bancar a babá da minha irmã e é interessante ter alguma coisa já decidida para quando eu me aposentar, então aqui estou. 

“Para mim isso ainda soa como uma imensa perda de tempo. Não era melhor abrir seu leque de opções e aproveitar para cursar algo diferente, que te ofereça mais oportunidades no futuro? Anyway, desacredito que sua irmã precise de uma babá.”

— Então a Travessa do Tranco tem todas essas lojas de artigos de magia negra, e eu não sou daqui, obviamente, mas isso não faz muito sentido? Um lugar desses não deveria ser um segredo? Ela tem muita notoriedade para alguém dizer que o Ministério Magia toma providências contra as Artes das Trevas. Vocês do Reino Unido gostam de uma contradição, não? Tão contra magia negra, mas nunca fizeram nada sobre a Travessa do Tranco. 

“Tá, mas e essa boquinha ai? Ela só reflete sobre os problemas e cria discussões ou também dialoga soluções e faz coisas mais interessantes do que falar?”

Hey! Sem julgamentos. Eu to é triste que não fiquei sabendo desse “rolê.” 

“Como não? Você não é, tipo, parente da anfitriã, a Roxanne? Uh! Por acaso tem alguma treta de família aí? Adoro saber sobre essas coisas...”