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the ballad of me and my brain

@thebetterlestrange / thebetterlestrange.tumblr.com

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Tenho medo de filmes que falem sobre aviões, sabe? E bem, talvez tenha acontecido algo comigo que me faça ter medo disso, certo? Acho que é perfeitamente normal.
— Tipo Snakes on a Plane? Mas eu entendo, sim, tem casos que me incomodam também porque saber a sensação na vida real e tudo o mais. Mas não precisa fazer essa cara, eu ‘tava pensando em algo meio Saw mesmo. Tudo bem esse?
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Até onde tem aquele lance de “baseado em fatos reais”, como o lance da Annabelle, por exemplo!! Como eu vou conseguir dormir sabendo que eu posso ter um brinquedo comigo que quer roubar minha alma?
— Ah, mas o brinquedo é o de menos. A chance dele ser possuído por alguma entidade do mau ou algo assim é muito menor do que a possibilidade de alguém do seu lado já ser como algum vilão de filme. Tudo é baseando em casos reais, de uma forma ou outra, Fortescue.
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— Riiight e qual sua ideia de medo, exatamente?
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Wouldn’t you like to know? Não muda de assunto, Slinkhard, é só aceitar ou não! E não é como se você tivesse muito mais pra fazer, uma hora dessas. 
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Sinto que a sua vontade não é testar a oratória e sim, minha paciência. Mas não há necessidade de roubar uns cigarros meus, eu poderia ter lhe dado, de qualquer forma. 
— Always! Qual a graça nisso tudo? Please, Bellie, can I? Nah, eu queria ver o quão fora da casinha você ia ficar até descobrir quem é que mexeu nas suas coisas.
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bellainblack

Você tem dois minutos para se explicar.

— O que, você vai contar no relógio ou é um tempo estimado só? Eu posso enrolar um pouco, também, pra completar os dois minutos e a gente já testa a minha oratória. Mas no final das contas, eu só roubei uns cigarros seus porque ninguém mais tinha e não anda tão fácil trazer coisas pra cá. Nothing major, Bella.

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alone time (em dois)

( @thebetterlestrange ) — Preciso de um tempo disso tudo. — A maneira como Rodolphus adentrou o quarto do irmão mais novo era como se o dormitório pertencesse à si, e talvez até fosse, de tanto que eles eram próximos.Tudo que o homem falava nas colocações iniciais se fazia em razão do curso que ele tinha escolhido. Ciências políticas não eram seu forte, no entanto, para seguir os passos de seu pai, decerto que precisaria estudar um pouco mais, aprender a mentir daquela forma. Se jogou na cama do mais jovem e exibiu a garrafa de rum que tinha em mãos, delineando um sorriso para o outro. — Bora?

De costas para a porta e com a toalha ainda úmida do banho recente, Rabastan estava de frente para o espelho do armário, secando os cabelos curtos com movimentos bruscos o bastante para não ter atenção qualquer na visão periférica. Reconheceu o irmão mais pelo sentido da companhia do que qualquer outra coisa, abandonando o tecido sobre os ombros ao mesmo tempo em que se voltava para o mais velho. 

— Sempre. — O sorriso morno estava ali como se não houvessem passado os anos, e ele ainda fosse um garoto de cinco anos contente demais em ter a atenção do irmão. Os olhos esverdeados, entretanto, anuviaram-se com uma preocupação velada enquanto ia se sentar ao lado do mais velho. — Muita coisa acontecendo?

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— Meus sentimentos por você são os maiores e mais sinceros possíveis.
— E eu sempre tenho tempo pra você, quer ir onde?

As it should be! Família e tudo o mais, certo?

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— Eu não tinha nada de especial em mente, só pensei em ficar no dormitório e terminar de assistir alguma coisa, quem sabe encontrar alguma garrafa escondida por lá. Some bonding time?

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Ah. É você, Rabs. 
Tava me procurando?

— Ah, muito animado! Eu gostei da felicidade em me ver, big brother, aqueci por dentro. 

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— ‘Tava, mas não é nada importante. Só queria um tempo quieto e um tempo quieto com você é sempre melhor do que sozinho. Mas se você ‘tiver ocupado, a gente deixa pra depois.

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Ao invés de a Slinkhard realmente o responder, porque palavras não lhe faltavam, ela deu preferência para um silêncio palpável, como se assim pudesse demonstrar sua indiferença. A realidade é que Wendy não gostava de diminuir ou chatear ninguém, ainda que esse alguém em especial fosse tão irritante que ela estivesse começando a considerar a possibilidade. Seu novo suspiro veio baixo e ela desviou os olhos dos dele por alguns segundos, pendendo a cabeça lateralmente como se pudesse ignorar a todo veneno que saia dos lábios não pertencentes. Quando ele prosseguiu com a ideia de Roover, que era um recém-conhecido, lhe trazer o anel, ela franziu o cenho e o encarou com um pouco mais de irritabilidade. — Qual é o seu problema, afinal?! — A pergunta se fez entre os dentes, mas baixo, quase sussurrado, porque definitivamente não queria criar uma cena. — Qual seu problema comigo e com quem eu venho ou deixo de vir no baile? O que isso tem a ver com você? Me deixa em paz, pra variar, vai festejar com seus amigos. — Arfou em nervosismo e se moveu para sair dali, finalmente.

O problema de Wendy era como ela sempre o questionava em seus motivos e Rabastan não estava disposto a abrir-se em nenhum futuro próximo. Pudera, qual seria o resultado de expor uma atração enlaçada com um desgosto por associação? Como iria descrever à menina que seu olhar estava constantemente se voltando à imagem dela, mesmo com a mente e coração ocupados? Tudo ali pedia por um tipo de honestidade que o Lestrange não possuía, ainda muito apegado com as próprias máscaras. A saída estava sempre no sorriso egocêntrico e no riso nasal que era prelúdio de alguma resposta atravessada - ele não teve tempo para tal, no final das contas.

Quando viu a Slinkhart lhe dar as costas, o maior avançou com um passo largo e segurou o braço magro com o cuidado de não apertar demais mas ainda mantê-la por perto. Uma vida inteira calculando seus movimentos e aqueles dois o deixavam disparado em impulsividades. — C’mon, Wendy. Pra que a corrida dramática? Eu não tenho problema nenhum com você, que pergunta é essa? Agora, com as pessoas que você tem amizade... — Outra vez, era o riso que terminava de falar por ele. 

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Se antes era toda sorrisos e animações, agora suas expressões vinham um pouco mais impassíveis. Algo no Lestrange a irritava mais do que ela conseguiria explicar, talvez fosse o fato de que o moreno estava constantemente tentando a irritar, ou talvez fosse o fato que, mesmo assim, ela não se afastava dele ou o deixava falando sozinho, como faria com quaisquer outras pessoas que realmente a irritassem. Ajeitou a saia do vestido, mais por que não houvesse motivo real, apenas para se livrar do incômodo das mãos livres e não querer demonstrar nervosismo na presença de Rabastan. Torceu os lábios em certo desgostar. — Bom, não me surpreende porque eu não vejo muito quem ia querer vir com você, né? — A resposta mais ríspida não se deu pela primeira frase masculina, mas sim pela última. Ofender o acompanhante da Slinkhard fez com que ela se sentisse esquentar em certa irritabilidade. — Que bom que quem veio com ele fui eu e não você, right? Aliás, tenho que voltar pra ele, mais alguma coisa?

Os olhos seguiram o movimento das mãos femininas por puro automatismo, mas não se arrependeu. O vestido era bonito e ele havia observado de longe como combinava com a menor, mas vê-lo de perto era outra história - e servia como combustível para o humor ácido do rapaz. No auge da mente egocêntrica, Rabastan acreditava piamente que tinha direito de ciúmes ali. Nada que alcançasse sua voz, ao menos, não claramente o bastante para que ela compreendesse.

O que retornou sua atenção ao rosto da Slinkhard foi quando ela cuspiu palavras que poderiam ter afetado-o mais intensamente, tendo em vista como o ego estava machucado e o temperamento em completo potencial. Mas acabou rindo, com um resto de segurança encontrando ali a oportunidade ideal para se fazer valer. — Nem você acredita nisso, certo? — Os olhos esverdeados se reviraram, impaciente com algo que, honestamente, não era verdade. Tinha opções o bastante, mas fora privado exclusivamente das duas que realmente queria. A frustração reascendeu ali. — Voltar pra ele? Uh, sounds serious! Não sabia que você tinha namorado, Wendie. Acha que hoje ele aparece com um anel ou coisa do tipo, aproveitar o clima de baile e avançar no clichê disso tudo? — Se ele realmente notasse o que fazia, inclusive agora quando ia recostar contra a parede e apoiar um dos pés contra a mesma superfície, compreenderia que parecia querer segurá-la ali por mais algum tempo.

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Era fácil ver a Slinkhard se divertindo, seguindo à risca aquele ditado de qualquer paixão me diverte porque ela realmente amava fazer amizades, conhecer pessoas novas, ir em festas daquele gênero e celebrar a vida com conhecidos e desconhecidos. O convite para o baile foi muito bem recebido por Wendy, que acabou encontrando em Roover uma pessoa divertida e por quem começava a nutrir um pouco de interesse. Não obstante, raros eram os casais que ficavam a festa inteira unidos e ela não era uma dessas exceções. Com o escopo de retocar a maquiagem e ir ao banheiro propriamente dito, ela se encaminhava pelos corredores conhecidos para que pudesse fazer o que desejava. Os olhos claros se abriram surpresos ao sentir um toque em sua cintura e até cogitou ser um de seus amigos próximos, no entanto estranhou se tratar do Lestrange mais novo. Quase nunca impaciente, Rabastan era um dos poucos que lhe tirava aquelas características e então ela se moveu para se esquivar da mão masculina sobre sua cintura. — Pretendo voltar pra ele logo, inclusive. Não tô vendo sua acompanhante, Rabastan. — Cruzou os braços abaixo dos seios, solevando uma das sobrancelhas na direção dele.

A mão se afastou do corpo arredio tão logo Wendy recuou, mas sem qualquer sinal no seu rosto de que era afetado pela rejeição – mais surpreso ele ficaria caso a Slinkhard estivesse receptiva a esse tipo de toque e provavelmente o levaria a pensar que ela tinha bebido demais.

Satisfeito em vê-la voltar sua atenção  na própria direção, Rabastan não demorou para imitar a postura feminina, com os braços se cruzando e os ombros rolando para trás, inconscientemente ampliando sua imagem quando a enfrentou. — Você já pensou em se unir à Scotland Yard? A vibe Holmes ‘ta muito forte, você é observadora demais, Wendie. Sem acompanhante, esse ano. As únicas pessoas razoáveis estavam ocupadas. — Ele deu de ombros, o rosto pendendo lateralmente por um segundo. — Não que isso seja um problema pra você, né? Considerando suas companhias. — O sorriso cresceu, assim como o veneno enlaçado nas palavras.

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